Malhar o cérebro pode melhorar o aprendizado. As ferramentas utilizadas deixam uma turma inteira de estudantes mais engajada.
A ciência sempre nos ensinou que praticar exercícios físicos regularmente é um hábito saudável. Seu sangue passa a oxigenar melhor, sua disposição aumenta e seus músculos ficam mais fortes.
Estudos mostram que, assim como os nossos músculos, o cérebro também cresce quando é estimulado repetitivamente. Isso se chama neuroplasticidade: a capacidade do nosso cérebro de aumentar a força das áreas responsáveis por determinadas faculdades cognitivas.
Essa é uma habilidade que pode ajudar muito no tratamento de doenças cerebrais. Estimular funções específicas como a memória ou a concentração é muito importante para quem sofre alguma deficiência. Os impactos de doenças como Alzheimer ou TDAH podem ser significativamente reduzidos.
Segundo artigo disponibilizado pela Secretaria de Saúde dos EUA, a plasticidade do cérebro é uma oportunidade de “intervenção cognitiva” na vida das pessoas portadoras de demência.
Além de ser importante para combater problemas de saúde mental, a neuroplasticidade também é um ótimo recurso para otimizar o processo de aprendizagem. Um “aquecimento” diário para o cérebro pode fazer toda a diferença entre uma turma que retém o conteúdo e uma turma em que a aula entra por um ouvido e sai pelo outro.
O foco e a memória são dois atributos cognitivos muito importantes na hora de estudar, e a neuroplasticidade é um grande recurso para melhorar as duas coisas. Exercícios de atenção dividida, jogos de memória e meditação são recursos que podem melhorar a performance do aluno no médio prazo – além de tornar as aulas mais inovadoras e interessantes.
Uma dinâmica simples que pode funcionar é incentivar os alunos a escreverem com a mão não-dominante: é uma boa maneira de exercitar, ao mesmo tempo, coordenação e concentração. Yoga também é uma atividade que estimula a neuroplasticidade em múltiplos aspectos. Para quem tem uma veia musical, fazer a turma entrar em uma sincronia rítmica
também é uma boa alternativa.
Alguns sites em inglês especializados em psicologia e educação sugerem várias atividades, e dão boas dicas de aplicação. Cuidado ao tentar ser muito diversificado: a repetição é um dos fatores mais importantes para a neuroplasticidade funcionar. A cada dia revezar entre os exercícios mantém a turma engajada e interessada, mas um exercício deve ser repetido muitas vezes para ser mais eficaz!
Se não pode vencê-los, use a seu favor
Outro recurso que pode ajudar muito no exercício da neuroplasticidade é o celular. Aplicativos orientados para exercitar o cérebro são uma excelente oportunidade de incentivar o bom uso das ferramentas digitais.
Diferentes aplicativos estão à disposição para os principais sistemas operacionais, com vários recursos que podem otimizar a experiência dos estudantes com a neuroplasticidade. Recursos como pontuação, ferramentas de avaliação, jogos e sistemas de conquistas engajam os alunos e mostram que o celular não é feito só para usar as redes sociais.
Não existem muitos aplicativos disponíveis em português, mas o Peak, o Elevate e o Lumosity são as maiores referências nas lojas de aplicativos. O Peak e o Lumosity têm um modelo “freemium” – contendo a opção de assinar ou não o plano pago. A versão gratuita tem limitações, mas ainda é bem aproveitável.