Por Ygor Bahia
Estudante da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch (Eteab)
Recentemente tive o prazer de participar de dois festivais de cinema que ocorreram aqui no Rio de Janeiro: o Mostra Geração, do Festival do Rio; e o Curta Cinema. Diferente das demais oportunidades que já me apareceram durante o curso técnico que faço na Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch (Eteab), no Rio de Janeiro, nesses dois festivais tive a responsabilidade de avaliar filmes das respectivas mostras competitivas, fazendo parte do júri jovem, que vem sendo a aposta de muitos festivais para obter, conseguir um novo olhar para os filmes. Está aí uma responsabilidade que não é nada fácil.
No Festival Curta cinema 2013 foi uma tarefa ainda mais difícil. Assisti a cerca de 30 filmes da mostra internacional. Assistir aos curtas foi muito importante para que eu pudesse vivenciar e conhecer novas estéticas do cinema, conhecer um cinema além do que é produzido no nosso pais e nos grandes pólos da indústria audiovisual. Tive a oportunidade de ver e entender novas formas de montagem, de fotografia e de construção de narrativa.
Enquanto assistia aos filmes, procurava, em primeiro momento, me envolver com o sentido, com o conceito que cada obra tentava passar. Levando em conta que passamos por um período de muitas lutas sociais no nosso país e grandes disputas, os curtas que se identificavam com a temática e se apresentavam com elementos singulares às lutas acabaram sendo mais impactantes, na minha avaliação. O Júri jovem foi composto por adolescentes de vidas sociais muito diferentes, cada um de uma religião, cultura, estrutura familiar e outros aspectos que foram de grande importância para que a escolha do prêmio de melhor curta pudesse ser bem justa.
Participar do Festival, como parte do júri, foi uma grande experiência de vida, de relacionamento com as pessoas, de comprometimento e responsabilidade. E uma aula de produção e cinema ao ver a capacidade de muitos cineastas que, mesmo com todas as dificuldades, amam a comunicação e fazem de tudo para conseguir transpor a história do roteiro para a tela do cinema. Cineastas que são, na prática, grandes inspiradores.