Educação e redes sociais

Por Roan Saraiva e Sâmara Carvalho
Analista de Educação do OI Futuro
Baluarte Cultura no Mídia_LAB, Laboratório Criativo de Cultura Digital e Educação Midiática do NAVE Recife.

Você, educador, que está lendo esse texto, certamente faz parte de uma rede social ou já ouviu falar de alguma. Clubhouse (2021), Instagram (2010), Whatsapp (2009), Twitter (2006), Facebook (2004) e LinkedIn (2002) são apenas alguns exemplos atuais de plataformas que caíram no gosto dos internautas. Esses novos espaços virtuais têm provocado diversas mudanças sociais e transformado também a maneira como nos comunicamos. Agora, a comunicação deixou de ser linear, permitindo a troca de mensagens simultâneas entre usuários múltiplos, onde a interatividade torna-se o centro da narrativa.

Mas você sabia que as redes sociais surgiram com o propósito de compartilhar aprendizados? O primeiro registro foi em 1995, em uma plataforma chamada Classmates, que reunia grupos de amigos da escola e faculdade para troca de novos conhecimentos. A partir disso, podemos entender que as redes sociais digitais são, por sua própria natureza, espaços para disseminação, circulação e reapropriação de conteúdos. Nesses espaços, as atividades cognitivas que envolvem a linguagem, a sensibilidade, o conhecimento e a imaginação inventiva estão sendo remodeladas: a escrita, a leitura, a escuta, a visão e a elaboração das imagens, a concepção, o ensino e o aprendizado.

Ao olharmos para os jovens, nativos digitais, veremos que as redes sociais passam a fazer parte do seu cotidiano cada vez mais cedo, levando-os a experimentar essas novas conexões. Mas o uso pedagógico dessas plataformas vai muito além do compartilhamento de informações. Elas promovem uma transformação na maneira como o estudante se relaciona com os conteúdos, dando menos importância à reprodução de conhecimento e obtendo um maior desenvolvimento de habilidades para acessar as informações.

Muitas vezes, os estudantes deixam de ser simples consumidores e passam a ser produtores de conteúdos, uma vez que podem criar seus próprios objetos em forma de texto, imagens, sons. Essa premissa está prevista nas competências gerais da BNCC, no que diz respeito a Cultura Digital, onde é abordada a necessidade de “utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética para comunicar-se, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas” (PORVIR, 2017).

É importante reconhecer o potencial de uso das redes para além do entretenimento e as ter como aliadas no processo educacional, pois os livros e tarefas tradicionais já não engajam como antes. Com o uso apropriado dessas ferramentas digitais, podemos gerar novas sinergias entre os estudantes, facilitar a comunicação, e possibilitar ao professor a oportunidade de “verificar aspectos muitas vezes difíceis de serem identificados em uma sala de aula, como a capacidade de elaborar textos, melhoria do desenvolvimento na escrita, a pesquisa sobre um assunto, a apresentação de uma opinião e o debate entre os alunos” (LORENZO, 2013, p.30).

Para ajudar nesse desafio, o Oi Futuro, através do NAVE Mídia_LAB, em parceira com Baluarte Cultura, desenvolveu uma trilha formativa para educadores mostrando o uso das redes sociais como aliadas na construção de uma aprendizagem significativa quando trabalhadas de forma crítica, reflexiva e ética, além das possibilidades para a interação, colaboração e produção do conhecimento em rede. A trilha ensina como produzir microvídeos, gerenciar grupos, fazer uma sequência didática, produzir lives, tornar vídeos acessíveis, criar e publicar podcasts.

Você pode acessá-la através do Mídia_LAB Digital

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