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Palestrantes do evento

Cidadania e educação no futuro: o amanhã já chegou

Fórum juntou especialistas para debater os desafios da educação em meio a novos tempos, novas tecnologias e novos (alguns antigos!) problemas.

Fórum juntou especialistas para debater os desafios da educação em meio a novos tempos, novas tecnologias e novos (alguns antigos!) problemas.

Por mais clichê que pareça, é difícil negar que o futuro já começou faz algum tempo. A presença massiva da tecnologia no cotidiano das pessoas proporcionou mudanças tão profundas na sociedade, que seria difícil explicar para alguém congelado há dez anos.

No universo da educação não é diferente. Nesse cenário, muita coisa tem que ser repensada, remodelada e otimizada para se aproveitar dos novos recursos. Além disso, com novas possibilidades, surgem novos problemas, e eles também precisam ser combatidos.

E foi sobre isso que se tratou o evento “Cidadania e Educação no Futuro”, realizado pelo movimento Rio em Frente no último dia 03/10. Uma parceria do jornal O Dia com a Fecomércio – RJ reuniu especialistas em educação, com um tema central em comum: quais são os maiores desafios da educação para se adaptar a esse novo contexto futurístico que chegou tão cedo.

A primeira palestrante foi a pedagoga Mônica Pinto, gerente de desenvolvimento institucional da Fundação Roberto Marinho. Para ela, precisamos focar em alguns problemas do passado antes de começar a olhar só para o futuro da educação.

Ela apontou níveis alarmantes de evasão escolar e de taxas de reprovação, principalmente no estado do Rio. Esse quadro vitimiza principalmente as pessoas mais pobres, o que aumenta o quadro de desigualdade no país.

“Em 30 anos, a educação brasileira progrediu muito, mas ainda ficou muita coisa por fazer. E não tem bala de prata: precisamos focar na formação de professores, garantir uma boa infra-estrutura. A educação precisa ser democratizada, fazer sentido para todos os jovens. Bons exemplos não faltam!”

O segundo palestrante foi Rafael Parente, CEO da Edufuturo e PhD em educação. Ele focou muito na necessidade de atualizar as habilidades do currículo pedagógico. Aprender matemática e português continua tão importante quanto sempre, mas aprender inteligência emocional e solução de problemas é uma demanda urgentíssima para o mundo atual.

O palestrante Rafael Parente

Ele lembrou que muitos jovens hoje estão se formando em profissões que, possivelmente, não sejam mais as mesmas no futuro. É importante que os alunos não se restrinjam ao uso da tecnologia, mas sejam formados para serem capazes de inovar.

“A inovação pode ocorrer em qualquer lugar, debaixo de uma mangueira ou dentro de uma escola, desde que as pessoas entendam que elas podem criar soluções para problemas antigos ou atuais”.

Daniely Gomiero, do Instituto Claro, deu continuidade ao evento com uma reflexão sobre o protagonismo dos jovens nas ações de transformação. Ela apresentou os frutos de alguns projetos sociais do Instituto que capacitam jovens, principalmente de áreas vulneráveis, com foco em projetos de impacto local.

Os programas buscam unir as aulas de matérias do currículo comum com habilidades técnicas como telecomunicações, para facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Foi um momento carregado de bastante emoção, com vídeos e depoimentos de ex-alunos.

“A gente tá sempre jogando a responsabilidade de mudança para as crianças e adolescentes, dizendo que são eles o futuro do Brasil. Mas esses jovens são o presente. Nós somos o presente”.

A palestrante Daniely Gomiero

O encerramento do painel ficou por conta da escritora e jornalista Silvana Gontijo, presidente do Planetapontocom. Ela apresentou o case de sucesso “O rio do Rio”, que uniu toda a comunidade escolar da região do Rio Carioca em uma luta para a despoluição de um dos patrimônios históricos mais importantes da cidade.

Um dos grandes destaques do projeto foi a sua proposta de educar através de uma causa. Com um projeto totalmente multidisciplinar, o objetivo era fazer as matérias dialogarem de verdade entre si sobre o assunto. Além disso, unir os alunos em torno de um propósito cria uma relação de pertencimento, apropriação e cidadania.

“A educação contemporânea precisa romper com as disciplinas em caixinhas separadas. Será por meio de ações interdisciplinares que levaremos nossos e jovens a adquirirem os conteúdos curriculares, enquanto descobrem que também podem mudar o mundo”.

A palestrante Silvana Gontijo

Na esteira do sucesso do projeto, Silvana ainda lançou oficialmente o projeto “Esse rio é meu”, que vai ampliar a experiência no Rio Carioca para todas as escolas municipais do Rio de Janeiro.

O projeto foi endossado pela própria secretária de Educação, Talma Suane, que ainda teve tempo para uma fala breve sobre suas expectativas para a iniciativa. Ela aproveitou o espaço para divulgar a criação da Coordenadoria da Primeira Infância, projeto inédito dentro da Secretaria de Educação do município do Rio.

A Secretária de Educação do Rio de Janeiro Talma Suane

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