Como escrever roteiro audiovisual para criança? Para que tipo de crianças? Como encantá-las? Para tentar responder estas e outras perguntas, a roteirista Gabriella Mancini vai ministrar um pequeno curso nos dias 1 e 2 de julho, no Cinema do CIC, em Florianópolis. O módulo faz parte da 16ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que seguirá até o dia 9 do mesmo mês. Voltado para realizadores, o workshop vai abordar as especificidades do diálogo com a criança na produção de audiovisuais para infância. As inscrições serão recebidas até o dia 25 de junho. São oferecidas quinze vagas, caso haja uma procura maior, os inscritos serão selecionados pelo currículo.
As inscrições podem ser feitas aqui
O curso perpassa os gêneros animação, ficção e documentário, assim como as principais etapas do processo criativo. A ministrante explica que ainda há pouca formação e bibliografia em português sobre filmes para o universo infanto-juvenil. O curso busca suprir essa lacuna e atender à demanda diante de uma crescente valorização da infância, com a abertura de espaços em editais, produção de filmes com mais qualidade e aumento do interesse de produtores.
A ideia é compartilhar aprendizados da roteirista e seu interesse prioritário pela infância. Gabriella é roteirista de cinema e TV. Desde 2012, é coordenadora de roteiros na Conspiração Filmes (RJ), onde desenvolve projetos de animação e ficção para crianças. Já atuou em projetos de musicalização infantil, como professora, contadora de estórias e jornalista de editorias voltadas à infância. No workshop, os realizadores vão receber noções de como criar empatia com esse público e propor temas que estabeleçam conexões de acordo com a idade de cada criança.
“Um bom filme para criança a coloca em primeiro plano, trazendo o olhar dela que é a fonte mais maravilhosa. Precisamos de produções que valorizem seu saber e não desperdicem sua curiosidade. As crianças são mais requintadas que os adultos, têm uma sensibilidade à flor da pele, por isso são ávidas por saberes, cultura e arte. A linguagem criança é a poesia. É errônea a ideia de que criança gosta de qualquer coisa”, argumenta a ministrante.