Giulia, mãos que falam

Iniciativa é voltada para a inclusão de surdos.

Um projeto de inclusão dos surdos que usam apenas a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar é a proposta do sistema Giulia: mãos que falam. Desenvolvida em 2016, a proposta capta os gestos dos surdos, por meio de um bracelete preso ao pulso, e traduz os sinais de Libras para o Português. Com o apoio da área de inovação da TIM, a proposta virou aplicativo e foi lançado esta semana, na sede do Instituto Nacional dos Surdos (Ines), no Rio de Janeiro.

O sistema é baseado em inteligência artificial idealizada pelo professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Manuel Cardoso, CEO da startup Map Innovation. “Muitas das pessoas com deficiência auditiva, principalmente as que nascem surdas nos estados mais pobres, não conseguem ser alfabetizadas. Isso já as exclui do acesso à Educação, o que acarreta em vários problemas. Sem Educação, elas têm uma dificuldade ainda maior de ascensão social”, explica o professor Cardoso.

O nome Giulia é uma homenagem a uma jovem que teve as atividades cerebrais prejudicadas em virtude de uma bactéria adquirida ainda na maternidade e faleceu em 2015, aos 15 anos. O aplicativo está livre para download no Google Play. Neste momento, alguns smartphones não suportam a tecnologia. No site do projeto está uma lista de dispositivos que aceitam o software.

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