A América Latina e o Caribe contam com mais de 150 milhões de jovens entre 15 e 29 anos e têm um grande desafio pela frente: a luta pelo fim da desigualdade que as diferentes gerações enfrentam na construção de soluções e políticas públicas para combater esse problema. Para a diretora do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud) para a América Latina e o Caribe, Jessica Faieta, é preciso facilitar o compromisso e a participação da juventude.
Conheça a plataforma Juventud con Voz, que reúne jovens mulheres, homens, representantes dos povos indígenas, da comunidade LGBTI, entre outros, com o objetivo de fortalecer habilidades de liderança por meio de capacitação e participação em importantes encontros regionais.
Segundo Faieta, a representatividade política dos jovens nos parlamentos da América Latina e do Caribe é baixa, especialmente entre as mulheres e ou descendentes de africanos ou indígenas. Somente 2,7% dos parlamentares e 1,3% das parlamentares da região têm menos de 30 anos; apesar de os jovens representarem mais de um quarto da população da região. Entre os parlamentares com menos de 40 anos, 15% são homens enquanto o número de mulheres não chega a 6,5%.
Na visão do Pnud, a América Latina conta com uma oportunidade única de combater e reduzir a lacuna entre as expectativas, as respostas e os direitos aliando-se aos jovens que já estão envolvidos nas soluções dos problemas de suas comunidades, nas mobilizações sociais, nos partidos políticos.
“A efetiva participação e inclusão é uma dimensão essencial não apenas para melhorar a vida e a participação da juventude na sociedade e na política, mas também para fortalecer a governança democrática, reduzir as desigualdades e traçar o desenvolvimento sustentável da região”, concluiu a diretora.