Foi celebrado no último dia 20, o vigésimo aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1989. Para comemorar a data, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou uma edição especial do seu relatório anual Situação Mundial da Infância. A publicação faz uma análise histórica sobre os direitos da infância e da adolescência em todo o mundo e de como a Convenção contribuiu para que as nações promovessem importantes avanços na qualidade de vida de seus cidadãos com até 17 anos.
O relatório aponta os mais importantes avanços na garantia e promoção dos direitos de crianças e adolescentes em todo o mundo. Entre eles estão: sobrevivência infantil, o número anual de mortes de menores de cinco anos no mundo diminuiu de 12,5 milhões, em 1990, para aproximadamente nove milhões, em 2008, representando mais de 28% de redução; aleitamento materno, o índice de recém-nascidos que recebem o aleitamento maternos exclusivo entre os menores de seis meses aumentou em todo o mundo; vacinação, a cobertura da vacina DTP3 – que protege a criança da difteria, da coqueluche e do tétano – passou de 75%, em 1990, para 81%, em 2007; e educação primária, o número de crianças fora da escola caiu de 115 milhões, em 2002, para 101 milhões, em 2007.
O levantamento também apresenta os principais desafios para que a Convenção chegue a cada criança e adolescente. De acordo com a instituição, 2,5 bilhões de pessoas ainda não têm acesso a instalações de saneamento adequadas; 148 milhões de crianças com menos de cinco anos, que vivem nos países em desenvolvimento, estão com peso abaixo de esperado para a sua idade; 101 milhões de crianças estão fora da educação primária, sendo a maioria delas meninas; quatro milhões de recém-nascidos morrem antes de completar o primeiro mês de vida; e dois milhões de crianças com menos de 15 anos vivem com o HIV.