Por Artur Melo, 10 anos
Aluno do 6º ano do Ensino Fundamental, da Escola Sá Pereira
Inicialmente frustrante
Em uma quinta-feira, lá estava eu, Pedro, preparando guloseimas para a minha festa de aniversário, que seria no domingo, às 19 horas. Fui na casa de todos os meus amigos perguntar se eles podiam ir à festa. Queria ver todo mundo junto!
Mas ao fazer o convite fiquei decepcionado, desanimado, frustrado. Todos eles já tinham um compromisso muito importante e inadiável. Eu, que já estava bem irritado, tive uma ideia: chamar as crianças de quem eu não gostava muito, não queria deixar de comemorar. Para minha sorte, todos elas podiam ir e falaram que, com certeza, estariam lá. Eu não sabia se ficava alegre ou triste, mas “quem não tem cão, caça com o que lhe dão”.
Finalmente, o domingo chegou e todos estavam lá, na hora marcada. Supergentis. Me deram presentes legais à beça. Mal começara a festa, o telefone toca. Eu atendi, era o meu melhor amigo, o Juca, com voz de doente grave, me desejou feliz aniversário. Perguntei se ele estava bem. Mal começou a me responder, não conseguiu me dizer mais nada. Eu, tão preocupado, não tinha mais clima pra festa. Fui à casa dele, levando os meus convidados, pois ele era meu amigo do peito, não tinha outra opção!
Chegando lá, bati à porta, mas ninguém atendeu, resolvi espiar pela janela. Estava tudo escuro, fiquei ainda mais preocupado. Tentei girar maçaneta e ela abriu. Entrei, acendi a luz, e que surpresa!! TODOS os meus amigos estavam lá, cheios de presentes, sorrisos no rosto, cantando parabéns!
O presente maior de todos foi ter ganhado de presente muitos amigos que eu nem sabia que eram tão legais assim.
Que linda sacação, Artur, a vida é isto mesmo, cultivar amigos.
Gostei!
Beijos carinhosos.
Rachel