Dia 12 de outubro vem aí. A data é sinônimo de brinquedo para as crianças e de gastos para os pais. Bem, isso para quem de fato pode ou é convencido pelas inúmeras ofertas dos cartões de crédito, parcelamentos e pré-datados. A data não pode passar em branco, pelo menos para as crianças. E nesta queda de braço, elas estão com tudo e com um forte aliado: a indústria.
Não tenha dúvida, a indústria mundial de brinquedos, mais uma vez, virá com todo o seu encantamento para atrair a garotada. No Brasil, há uma revista especializada no assunto. Chama-se Revista Brinquedo. A matéria de capa da última edição traz as novidades para o Dia das Crianças. E uma pesquisa realizada este ano com 3.936 crianças, dos 7 aos 14 anos, da Austrália, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido. A ideia era avaliar com que freqüência as crianças compram brinquedos sozinhas, mensurar o nível de conhecimento, por parte delas, dos nomes dos produtos e identificar as principais fontes de informações que a garotada usa para saber quais brinquedos comprar.
A pesquisa é apresentada por Philippe Guinaudeua, CEO do Kids Global, empresa de consultoria e pesquisa de mercado. O objetivo final do estudo é promover novas estratégias de marketing para vender mais. Uma das propostas do levantamento é conhecer quem são, afinal, os clientes infantis e segmentá-los em clientes leve, médio ou excelente.
Confira o resumo escrito pelo CEO e veja como a indústria está de olho nas crianças.
Resumo da pesquisa
A maioria das crianças de 7 a 14 anos compra brinquedo sozinha, logicamente, mais o grupo dos 10 aos 14 anos do que os mais novos. No entanto, os mais novos comprariam brinquedos sozinhos com mais frequência do que os mais velhos, pois este último grupo deixa o mercado de brinquedos mais cedo.
A grande maioria (mais de 80%) das crianças está extremamente consciente sobre o que pretende comprar. Além disso, quando elas sabem o que querem, elas predominantemente conhecem o nome do produto (cerca de 60%).
Os meninos são um pouco mais cientes do que as meninas sobre o que vão comprar. Isso é especialmente verdadeiro na França, onde 91% dos meninos conhecem o brinquedo pelo nome ou pelo tipo; para as meninas francesas essa porcentagem é de 78%.
Amigos, comerciais de televisão e presença na prateleira são os principais componentes para informar as crianças sobre os brinquedos que elas vão comprar. Na Austrália e na França, os catálogos dos varejistas têm uma forte contribuição em seu sistema de informações.
Recomendações para os distribuidores
1 – Desenvolver estratégias de boca a boca para fazer com que as crianças falem sobre seus produtos.
Peça para que elas experimentem seu produto, em um programa de amostras (se fizer sentido), tours de concursos, uso de produto por celebridade de seu interesse… Isso criará estímulo e recomendações verdadeiras.
Implemente uma pesquisa comunicada para fazer com que as crianças sintam-se parte da empresa. Se você tiver seu feedback e criar plataformas online/móveis para que elas saibam que você está interessado, você terá a sua atenção. Use o mundo eletrônico para anunciar futuros produtos, eventos especiais ou tours…
Ofereça um fórum para os formadores de opinião conversarem em nome de sua marca.
2 – Desenvolver displays específicos para as crianças nas lojas. Fornecer informações e preços iniciais para permitir que elas comprem seus brinquedos dentro de seu próprio orçamento; e criar produtos mais sofisticados para os pais comprarem.
Recomendações para os varejistas
1 – Atrair as crianças na loja com displays voltados especificamente para elas.
2 – Implementar uma estratégia de marketing de fidelidade para aumentar as recompras pelas crianças. Inicialmente, conhecer quem são os clientes infantis, segmentá-los em clientes leve/médio/excelente.
Fonte – Revista Brinquedo