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Oi Tonomundo: o espaço é do professor

Por Marcus Tavares

“Queremos que os professores do projeto Oi Tonomundo participem, troquem experiências e se envolvam nas discussões. A alma do Tonomundo é o professor, é a sala de aula, é a escola”.

Este foi o recado da educadora Samara Werner, diretora de Projetos do Oi Futuro, na abertura da sexta edição do Oi Tonomundo, realizada na última quinta-feira, dia 28, em Pirenópolis, Goiás. Na ocasião, Samara explicou que o tema deste ano é Educação Sustentável. Sustentabilidade que vai além do envolvimento sem agressões ao meio ambiente. A ideia é promover trocas de experiências, possibilitando novos conteúdos e abordagens para a Educação com o objetivo de construir uma escola sustentável, atrativa e lúdica. Criado em 2000, o projeto tem como meta integrar escola, família e comunidade por meio das novas tecnologias. As escolas participantes são equipadas com laboratórios de informática compostos por computadores, scanners, impressoras e acesso à internet e um programa de formação que dá suporte aos educadores no desenvolvimento de projetos que incluam a utilização pedagógica destas ferramentas no dia a dia das escolas.

“O Oi Tonomundo, na verdade, é um projeto piloto, no qual as escolas são incentivadas a refletir e produzir conteúdos entre elas e com os alunos. Neste ano, contamos com 137 instituições de ensino em 26 estados do país”, afirmou a educadora. Para Samara, as últimas edições do evento revelam o quanto as escolas estão abertas para a discussão e reflexão, com propostas pedagógicas interessantes e inovadoras. “Experiências valiosas que podem e, muitas vezes, são replicadas por outras escolas. Experiências que, inclusive, servem de referência para políticas públicas. Há muitos projetos que surpreendem”, destacou. Durante cinco dias – de 27 a 1 de maio – secretários municipais e estaduais de educação e professores de escolas de  vários cantos do país estiveram reunidos em Pirenópolis para participar de palestras e oficinas em torno do tema deste ano do Oi Tonomundo. A equipe do planetapontocom esteve presente. É ela quem ficará responsável pela mobilização de todos os professores e escolas no desenvolvimento do projeto deste ano.

Sustentabilidade na escola.
Por onde começar?

Como promover a educação sustentável no dia a dia das escolas de hoje? É possível? Para o especialista em sustentabilidade, Sérgio Besserman, não é só possível, mas urgente. Em palestra para os professores do projeto Oi Todomundo, na manhã do dia 28, Besserman historicizou as mudanças climáticas pelas quais o planeta passou desde os primórdios, frisando que essas mudanças se intensificaram, num ritmo extremamente veloz, nos últimos cem anos. “Isto é um fato e não temos como voltar atrás. O aquecimento global, por exemplo, é uma consequência grave dessas mudanças. Até 2050, a temperatura da Terra subirá cerca de 2º graus”, alertou.

Sem propagar o apocalipse, o professor informou que as populações mais pobres do mundo sofrerão bastante. Realidade que já acontece em alguns países, como os do continente africano, como o Sudão, que já travam conflitos internos por causa da escassez de água doce. “Essas questões não estão fora da escola. São pertinentes e que cada vez mais farão parte do dia a dia da sociedade, tanto de adultos quanto de crianças e adolescentes. Creio que o tema da sustentabilidade é crucial para a educação”. Segundo Besserman, a troca de experiências e realidades entre os professores, conjugado com a utilização das tecnologias da informação, pode favorecer a construção de uma consciência sustentável. “E as escolas podem começar a trabalhar a partir de suas respectivas realidades locais. É um ótimo ponto de partida para pensar o planeta de forma global”, aconselha.

De Pirenópolis
para o Pará
Helenida Gomes da Silva é professora de Geografia há 18 anos. Mas quando ela se apresenta, é como se tivesse ingressado na carreira ontem. Seus olhos brilham e fica evidente seu amor à profissão. Ela acompanhou a abertura do Oi Tonomundo. Não é a primeira vez. A professora já participa do projeto desde o primeiro ano, em 2000. Mudanças em sua prática docente? Não há dúvidas. Ela nem titubeia. Destaca o ganho na troca de experiências e de saberes via internet. O mundo para ela e seus alunos ficou a um clique. E o ensino, ‘encantado’. “O uso das tecnologias, com certeza, exerce um impacto no dia a dia dos estudantes. E esse primeiro impacto é de encantamento. Com o encantamento, a gente ensina qualquer coisa. Fica muito, muito mais fácil”, comemora.

A palestra de Sérgio Besserman sobre sustentabilidade chamou a atenção de Helenida. Sim, ela trabalha com meio ambiente na escola, mas depois que ouviu as palavras de Besserman, ficou a sensação de que pode, e deve, ir além. “Por exemplo, a gente cansa de falar para os alunos não jogarem lixo no chão. Mas, nós, professores, vamos além disso? Discutimos com eles o destino daquele lixo? O que podemos fazer com o lixo? Reciclá-lo? Como podemos construir um mundo mais sustentável?”, questiona. Professora de Santa Bárbara, a 40 km de Belém, no Pará, Helenida já está cheia de ideias para pôr em prática o que ouviu, leu, discutiu e refletiu na abertura do Oi Tonomundo. E promete compartilhá-las.

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