Meu nome é Larissa Maia, tenho 18 anos e, recentemente, me formei no Colégio Estadual José Leite Lopes/ NAVE no curso de Roteiro para mídias digitais. Essa semana recebi a notícia de que fui aprovada para a PUC-Rio curso de Comunicação Social – Cinema. E mais do que isso: estou prestes a conseguir uma vaga, por meio do processo de reclassificação, no curso de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Descobri minha paixão por cinema desde que entrei no NAVE. Durante os três anos que estive lá pude ter contato com tudo que há por trás das telas de cinema, dos curtas ou longas metragens e, enfim, do mundo do Audiovisual. Além de me dedicar ao técnico, que era a minha parte favorita, tive que dar uma atenção especial ao ensino médio – especialmente quando chegou o meu terceiro ano – quando prestei o vestibular. Confesso que não foi difícil escolher uma carreira e um objetivo pelo qual deveria lutar, o cinema já tinha pegado o seu espaço dentro de mim.
Foram muitas horas de estudo tanto na escola como em casa. Consultei vídeo aulas, escrevi milhões de redações e, assim como quase todos os alunos do terceiro ano de roteiro de 2014, perturbei muito os professores do ensino regular. Além disso, abri mão de muitas atividades que eu fazia antes. Não pude mais praticar os esportes que pratiquei durante toda a minha vida, não pude sair muito, parei de ir à academia e também não dei atenção pra muitas pessoas.
Foi um ano complicado, cheio de estresse, trabalhos e projetos. Havia dias em que eu tinha de escolher entre terminar um projeto ou dormir. As vezes escolhi estudar ao envés de fazer aquele trabalho semanal das aulas de roteiro – o que me cortava o coração. Porém, nada pior do que estudar o dia inteiro e enfrentar o Metrô na hora de ir pra casa. Minha vida de vestibulando não foi fácil, principalmente com os surtos de mal funcionamento do transporte público mais lotado da cidade.
Assim como os meus colegas, tirei forças de onde não tinha. Não é fácil estudar num colégio cuja carga horária é de 10 horas diárias, bem como não é fácil morar longe dele. Foi um ano difícil, uma prova de resistência, até o dia do ENEM.
Passou a prova e veio aquela agonia de: “ E agora, será que passei?”. Minha família perguntava a todo momento quando é que sairiam os resultados. Confesso que tudo o que eu queria era paz e férias!
Como dito anteriormente fui aprovada na PUC-Rio e devo entrar para a UFF. A notícia foi recebida mediante a gritos e saltos de alegria, afinal, foi uma grande vitória. Não sei o que vou encontrar, não sei a realidade de uma faculdade. Não sei como serão os meus professores, também não sei se irei me surpreender. Tudo o que consigo pensar é que estou me sentindo uma criança indo ao seu primeiro dia de aula no jardim de infância.
Espero que os meus sonhos continuem se realizando, espero uma boa caminhada daqui pra frente, espero bons amigos e companheiros de trabalho. Espero ter, assim como tive no NAVE, um bom ambiente para se viver e conviver – com carinho, amor e atenção das pessoas mais queridas da face da terra.
Finalmente: muito obrigada a todos que fizeram parte da minha jornada até aqui. Família, amigos, professores e diretores, todos com um papel muito importante. E só me resta dizer: adeus NAVE. Olá PUC ou será UFF?!