Por Marcus Tavares
Se você acredita naquela velha máxima de que o ano só começa depois do carnaval, você talvez não conheça os professores Christiane Lagarto Fontoura e Elvis Magorno. À frente do programa Esse Rio é Meu em suas respectivas unidades escolares, os dois, desde o início do ano, já tinham tudo planejado para reiniciar as atividades do Esse Rio é Meu em 2024.
O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.
Há mais de 18 anos na direção da Escola Municipal Professor Josué de Castro, localizada na Vila do João, na Maré, Zona Norte do Rio, Christiane vai intensificar, na escola, as ações que visam diminuir o impacto do lixo e conscientizar funcionários, professores, estudantes e suas famílias sobre a importância da preservação da natureza.
Segundo ela, o trabalho realizado no ano passado ratificou a importância do pertencimento. “Essa é a chave para conscientizar as nossas crianças e suas famílias. Temos que promover esse pertencimento”, destaca.
Entre as ações planejadas está o trabalho de jardinagem. As turmas serão incentivadas a criar e cuidar de canteiros de plantas nas dependências da escola, reforçando a importância da conexão e pertencimento da natureza.
“As plaquinhas que fizemos e colocamos próximas Canal Avenida 2, Conjunto Esperança, também serão novamente produzidas. O incentivo à reciclagem também estará no nosso foco Vamos levar as turmas ao Rio, bem como estabelecer uma parceria com uma escola municipal que fica no nosso bairro: a Escola Municipal Teotônio Vilela, em Manguinhos. A ideia é estreitar parcerias”, comemora.
A professora espera que a comunidade de uma forma geral entenda que o Rio pode e deve ser saudável e que quando isso acontece, o rio traz benefícios para o prazer e o lazer da população.
Do outro lado da cidade, o professor Elvis Magorno, de Geografia, também se planejou desde o início do ano. Professor de Geografia do Ciep Compositor Donga, na Taquara, Zona Oeste do Rio, Elvis vai trabalhar com estudantes do 9º ano do Ensino Médio e estudantes do Projeto Correção de Fluxo Carioca 1.
“Estou bem animado. Vamos trabalhar com 35 estudantes que serão os multiplicadores das atividades para os 500 alunos da escola. Vamos novamente à nascente do Rio Grande e do Rio Teixeira. O nosso objetivo é despertar a conscientização e fazer com que os estudantes pensem em estratégias concretas de melhorar o ecossistema local e de diminuir a poluição do rio e do seu entorno”, destaca.
Segundo Elvis, neste ano, sua intenção é propor essas estratégias e fazê-las, dentro do possível, saírem do papel, do discurso, alcançando a prática. “Todos devem entender que somos parte do meio ambiente e que, infelizmente, em pouco tempo, nós, seres humanos, conseguimos poluir e degradar o nosso planeta. É preciso rever nossas ações”, finaliza.