Cinema: radiografia 2015

Por Fernando Lauterjung
Do Tela Viva News

De acordo com o Informe de Acompanhamento de Distribuição, Exibição e Lançamentos em cinema da Ancine, o país fechou o ano de 2015 com o maior número de salas de exibição (3.013) desde a década de 1970 e com aumento no número de espectadores e de bilheteria.

O levantamento informa que o público em salas de cinema no Brasil somou 172,9 milhões de espectadores, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior. Trata-se da melhor taxa de crescimento desde 2010 – de 2009 para 2010, o aumento foi de de 19,7%. A renda gerada em bilheteria cresceu acima do desempenho do público, somando R$ 2,35 bilhões em 2015, um aumento de 20,1% em comparação com 2014.

Brasil

A cinematografia brasileira conseguiu crescer acima do mercado dentro de seu próprio território. A participação de público dos filmes brasileiros passou de 12,2% em 2014 para 13,0% em 2015, chegando a 22,5 milhões de pessoas. Em público, os títulos nacionais avançaram 18% em relação a 2014, enquanto em renda o incremento foi de 25,1%, chegando a R$ 277,61 milhões.

Apesar do crescimento, o sucesso comercial está restrito a uma pequena parcela dos lançamentos. Apenas três filmes conseguiram figurar entre as 20 maiores bilheterias do ano. Estes títulos, aponta o estudo da Ancine, foram responsáveis por 43% do público de obras nacionais e por 6% do público total. Ao todo, foram lançados 128 filmes brasileiros em 2015, um aumento de 12,3% em relação a 2014, mas uma levíssima queda em relação ao ano anterior, quando foram lançados 129 títulos.

Os três grandes lançamentos do ano foram “Loucas pra Casar”, com público de 3,72 milhões e renda de R$ 45,68 milhões; “Vai que Cola – O Filme”, com público e renda de 3,3 milhões e R$ 41,8 milhões, respectivamente; e “Meu Passado Me Condena 2”, que chegou a 2,63 milhões de pessoas e arrecadou R$ 32,94 milhões.

Dos 128 lançamentos, apenas sete filmes ultrapassaram a marca de um milhão de espectadores e 18 alcançaram mais de 100 mil ingressos. Entre os sete que passaram a difícil marca do 1 milhão de espectadores, além dos três já citados, estão “Carrossel, O Filme”, “Até que a sorte nos separe 3”, “S.O.S Mulheres ao mar 2”, “Os Caras de Pau em o Misterioso Roubo do Anel”.

Distribuição

Em 2015, as distribuidoras internacionais ganharam participação na bilheteria, um aumento de 23,7% em relação a 2014, atingindo R$ 1,77 bilhão, o que representou uma fatia de 75,4% da renda em bilheteria. A participação das distribuidoras nacionais, em termos de renda, reduziu de 26,8% em 2014 para 23,7% em 2015 e a é menor nos últimos seis anos.

A parceria Downtown/Paris obteve a maior participação na renda de filmes brasileiros em 2015, com 53,1% do total, seguida pela H20 (15,6%) e pela Imagem (10,8%). Juntas, as três foram responsáveis por 79,5% da renda de filmes nacionais.

Exibição

O parque exibidor encerrou o ano com 3.013 salas de exibição em funcionamento. Durante 2015, foram inaugurados 58 complexos, que totalizaram 252 novas salas; outros 11 complexos foram reabertos; e oito ampliaram seu número de telas. Houve um acréscimo total de 304 telas.

O parque exibidor brasileiro chegou ao final do ano com 2.775 salas digitalizadas, o que representa 92% das salas do país. Em 2014, esse percentual era de 62,5%. Entre os 20 maiores grupos, apenas o grupo Arco não completou a digitalização de seus complexos, restando 5% a digitalizar.

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