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Congresso Vídeo estudantil

Os caminhos da produção de vídeo estudantil.

 

Foram prorrogadas até o dia 13 de setembro as inscrições para o I Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil, que acontecerá em Pelotas em novembro.  Acesse o site e veja o regulamento do congresso

Confira a entrevista concedida pelo coordenador à revistapontocom

Por Marcus Tavares

Como as escolas estão produzindo vídeos dentro do espaço escolar? Esta é a pergunta central do I Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil, que será realizado nos dias 16 e 17 de novembro, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. O objetivo é  fomentar a pesquisa e a elaboração de trabalhos acadêmicos com ênfase na realização de vídeos nas áreas de Cinema e Educação.

Em entrevista à revistapontocom, o professor Josias Pereira, coordenador do Projeto de Extensão Produção de Vídeo Estudantil, da Universidade Federal de Pelotas, explica que o diferencial do evento está no ,deslocamento conceitual de tirar o vídeo da questão técnica e trazê-lo para o debate artístico. ”A novidade é justamente refletir qual é o referencial que está sendo usado dentro da produção de vídeo estudantil? Na prática como isso acontece? Qual é a dificuldade? Queremos sair das TICs e NTICs e caminhar para narrativas digitais”, afirma.

Acompanhe a entrevista:

revistapontocom – Quem está à frente do evento? O grupo tem alguma percepção sobre a produção de vídeo nas escolas do país?
Josias Pereira –
O grupo é composto de cinco pessoas: quatro professores que têm ligação com produção de vídeo estudantil e um profissional da área de cinema. Além de pesquisadores, todos possuem contato com diversos outros professores que produzem vídeo estudantil no Brasil. No meu caso, desde 1998, venho realizando oficina em escolas sobre produção de vídeo. Já ajudei a criar oito festivais de vídeo nas cidades do Rio de Janeiro (videvídeo – UFRJ), Maringá, Pelotas, Rio Grande, Capão do Leão, São Lourenço do Sul, São Leopoldo e São José do Norte.

revistapontocom – O evento é aberto para as escolas de Educação Básica? Como participar?
Josias Pereira –
 O evento é aberto a todas as escolas que desejam participar. Os interessados devem enviar um vídeo, um texto acadêmico ou um relato de experiência sobre produção de vídeo nas escolas. A novidade é que quem não puder vir a cidade de Pelotas poderá fazer um vídeo sobre sua apresentação e enviar para o congresso.

revistapontocom – Qual é a importância da produção audiovisual nas escolas?
Josias Pereira –
A possibilidade de o professor contemplar as múltiplas inteligências dentro da sala de aula.  A neurociência aponta que aprendemos de forma diferenciada, no entanto e a escola é focada no ensino linear. Queremos estimular professores a produzir vídeos, possibilitando assim experiências diferentes para os alunos. O vídeo não vale pelo produto final, mas pelo processo que os alunos passam, da ideia inicial até o final do processo. Vemos a produção de vídeo como possibilidade para professores e alunos experimentarem, dentro de um espaço educacional, diversos debates que o vídeo proporciona, do uso da linguagem coloquial (já que o roteiro é escrito para ser filmado) até a parte da matemática. Por exemplo: quanto tempo uma bateria dura? Qual o tamanho de um arquivo HD ou Full HD? Acreditamos que professores e alunos aprendem juntos na produção de filmes.

revistapontocom  Você acha que essa produção de vídeos estudantis vem ocorrendo de forma satisfatória?
Josias Pereira –
Aqui na região do Rio Grande do Sul contribuímos para abrir seis festivais além de outros três que já temos. Temos o primeiro festival de vídeo estudantil do Brasil: o Festival de vídeo de Guaíba, que é coordenado pelo professor Valmir Michelon. Completa este ano seu 15 aniversário. Percebemos a importância pedagógica e técnica desta produção, além do fato de vários professores trabalharem de forma integrada e interdisciplinar. Em nossa região, também há o Festival de São Leopoldo, coordenado pela professora Eliane Candido. Tem se mostrado um sucesso em vários sentidos. Neste ano, o evento contou com 85 vídeos inscritos.

revistapontocom – O que o grupo espera do evento?
Josias Pereira –
Esperamos do congresso um espaço para debate, rever os amigos e pensar em uma ação que contribua para que professores e alunos possam, ao produzir vídeos, refletir sobre o país, compreender a importância do quarto poder (mídia), repensando o seu espaço, o seu bairro, a sua cidade. Defendemos que o lúdico contribui para o aprendizado e que cada vez mais a escola deve se abrir para novas ações, sendo assim, de fato, uma escola do século XXI e não uma escola que reproduz métodos do século passado.

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