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Fala jovem

Leia a crítica do estudante Kaique Sapienza sobre a nova novela das nove da TV Globo.


Por Kaique Sapienza

Aluno do curso de Roteiro para Mídias Digitais, do Colégio Estadual José Leite Lopes (NAVE)

Oremos a Santa Clara, padroeira da televisão, pelo extraordinário time que acabou de se formar na produção da nova novela das nove da TV Globo: Walcyr Carrasco, Mauro Mendonça Filho e Wolf Maia. Os três não são um trio, mas, sim, um time, que promete um novelão, como o recente sucesso de Avenida Brasil.

Carrasco é leve e sabe narrar muito bem os dramas do cotidiano. Suas tramas trazem conteúdo, irreverência, clássicas deixas e expressões que viram marcas registradas de personagens, além do dom de chegar ao coração dos telespectadores. Habituado ao horário das sete – com as novelas Sete Pecados, Caras e Bocas e Morde e Assopra – e confortável com o público das seis – O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea –, o autor já demonstra que Amor à Vida, sua primeira incursão pelo horário nobre, não é somente um desafio, mas uma experiência na qual ele se atira com tudo. Basta observar a maneira como ele vem conduzindo os personagens e desenrolando as histórias nessas duas primeiras semanas.

Mauro Mendonça Filho volta, depois de ser aplaudido pela direção de O Astro e Gabriela, aos novelões. Sua criatividade e coração continuam nos oferecendo algo de novo. Creio que a sensação de “familiaridade” que a novela transmite também seja resultado da forma como Mauro trabalha.

Já Wolf Maia volta “gritando” com sua maravilhosa câmera, literalmente, nos ombros! A imagem trêmula, que deixa as cenas e os personagens numa dramaturgia ficcional que beira à realidade e inclui o telespectador na trama, é fantástica e bem feita. Os pequenos planos-sequências que trazem uma linguagem especial, com certeza, é obra dele. Wolf deixa a imagem coloquial e muito acessível ao gosto do grande público.

Na primeira semana da novela, apesar de tantas histórias e personagens apresentados, o trio, ou melhor o time, soube de forma ágil distribuir muito bem as emoções e dar uma linearidade confortável ao telespectador que recebeu muitas informações em poucos capítulos. Foi possível observar alguns erros de produção (como o notebook consideravelmente moderno que o personagem Félix – Mateus Solano – usava em 2001, no primeiro capítulo). Porém nada que tirasse a beleza da história e a verdade (por que não?) com que ela nos foi passada.

Senti falta da dobradinha Tatá Werneck-Elisabeth Savalla que promete. Um certo desconforto na identidade visual das cartelas que indicavam os nomes dos lugares em que algumas cenas se passavam no primeiro capítulo. Elas não tinham nenhuma ligação com a sutileza e a beleza da abertura da novela – um show à parte. Mas, enfim, tudo leva a crer que será um novelão, sem aquele drama jorrado e superficial na tela, principalmente no horário nobre. Temos pela frente uns 180 capítulos: vamos aguardar. Por enquanto… a nota é nove.

Foto da home page é de Mariana Zylberkan 

 

 

 

 

 

 

 

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