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A educação das pessoas com síndrome de Down

Dicas para pais e educadores

Uma boa educação é um bem enorme que produz benefícios pessoais durante toda a vida. Isso não é diferente para pessoas com síndrome de Down, se bem que para elas e para seus pais ter acesso aos programas que garantem oportunidades de um aprendizado apropriado e de forma continuada pressupõe vencer uma série de desafios que vai se prolongar durante o período escolar.  Os dados atuais permitem afirmar que a maioria das pessoas com síndrome de Down tem deficiência intelectual de intensidade leve ou moderada, diferentemente das descrições antigas, que falavam em um atraso severo. Esta mudança se deve tanto a programas específicos aplicados hoje em dia quanto à estimulação e intervenção precoce, como a abertura e o enriquecimento do ambiente em que a criança está inserida. O mais encorajador é comprovar que, quando a boa ação educativa persiste, não há razão para que a deficiência intelectual se torne mais acentuada na passagem da infância para a adolescência. Existe um conjunto de características comuns a todas as formas de deficiência intelectual. São elas:

– A aprendizagem é mais lenta,
– É necessário ensinar muitas coisas às crianças, pois elas não aprendem sozinhas,
– É preciso ir passo a passo no processo de aprendizagem, levando-se em conta as características próprias de pessoas com síndrome de Down,
– É preciso identificar de que forma o aluno aprende melhor,
– Não cabe adotar uma atitude passiva, pelo contrário, o bom educador deve ser pró-ativo, utilizando maneiras criativas e interessantes de ensinar estimular o estudante a aprender ou buscar alternativas que compensem as dificuldades intrínsecas.

Como exemplo e sabendo que há inúmeras possibilidades e caminhos e a serem seguidos, aqui vão algumas sugestões (adaptadas de Espinosa de Gutiérrez) de soluções a problemas frequentemente encontrados. Apesar de se referirem a estudantes com deficiência intelectual em geral, também se aplicam
a alunos com síndrome de Down:

– A aprendizagem se dá num ritmo mais lento,
– Devemos oferecer-lhe um maior número de experiências variadas para que aprenda o que o ensinamos,
– Fica cansado rapidamente, sua atenção não se mantém por um tempo prolongado,
– Inicialmente, devemos trabalhar durante curtos períodos de tempo, aumentando-os pouco a pouco,
– Às vezes não se interessa pela atividade ou se interessa por pouco tempo,
– Devemos motivá-lo com alegria e com objetos chamativos e variados, para que se interesse pela atividade,
– Muitas vezes não consegue realizar a atividade sozinho,
– Devemos ajudá-lo e guiá-lo apenas o necessário para que realize a atividade, até que consiga fazê-lo sozinho,
– A curiosidade para conhecer e explorar o que está à sua volta é limitada,
– Devemos despertar nele o interesse pelos objetos e pessoas que o rodeiam, nos aproximando e mostrando as coisas agradáveis e chamativas,
– É difícil para ele se lembrar do que já fez e do que aprendeu,
– Devemos repetir muitas vezes as tarefas já realizadas, para que se lembrem de como fazê-las e para que servem,
– Não se organiza para aprender sobre os acontecimentos da vida diária,
– Devemos ajudá-lo  a aproveitar todos os fatos que ocorrem ao seu redor, bem como lembrá-lo de sua utilidade, relacionando os conceitos com o que foi aprendido na sala de aula,
– É mais lento ao responder,
– Devemos sempre esperar com paciência e ajudá-lo, estimulando-o ao mesmo tempo para que responda cada vez mais rapidamente,
– Não costuma inventar ou procurar situações novas,
– Devemos conduzi-lo a explorar situações novas, a ter iniciativas,
– Tem dificuldades em solucionar problemas novos, mesmo que sejam semelhantes a outros problemas vividos no passado,
– Devemos trabalhar permanentemente, dando-lhe oportunidades de resolver situações da vida diária, sem anteciparmos nem responder em seu lugar,
– Consegue aprender melhor quando foi bem sucedido em situações anteriores,
– Apresente situações que são possíveis para o aluno e aumente progressivamente o grau de dificuldade,
– Quando conhece imediatamente o resultado positivo de sua atividade, se interessa mais em seguir colaborando,
– Devemos dizer-lhe sempre o quanto se esforçou, o quanto já alcançou, animando-o pelo sucesso já alcançado. Assim é possível que ele se
interesse mais pela atividade e aguente trabalhar por mais tempo,
– Quando participa ativamente da tarefa, aprende melhor e se esquece menos,
– Devemos planejar atividades em que ele intervenha ou atue como sujeito principal,
– Quando se pede que ele realize muitas tarefas em pouco tempo, se confunde e rejeita a situação,
– Devemos selecionar as tarefas e dividi-las pelo tempo, de forma que não se confunda nem se canse.

A evolução necessária para os programas educativos tem que se ajustar à etapa evolutiva: desde bebê até a idade escolar, da idade escolar ao profissional que, ao mesmo tempo, desempenha sua função laboral, reserva parte de seu tempo para seguir aprendendo. Cada etapa tem suas características próprias, mas é preciso prestar atenção especial a alguns aspectos, desde o começo da ação educativa no programa de estimulação precoce e ao longo de todo o processo educativo:

– A programação por objetivos
– O desenvolvimento das capacidades, tendo em conta que se trata de um processo evolutivo
– O desenvolvimento da atenção
– O desenvolvimento da percepção e discriminação
– O desenvolvimento das habilidades manuais
– A comunicação e linguagem
– O desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo
– A educação para autonomia

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Vera Lucia Ferraz
6 anos atrás

Estou com um aluno com Síndrome de Down, 13 anos, não foi alfabetizado e não tem interesse em aprender a ler e escrever. Será que passou da época de alfabetização? O que fazer? Ainda tem como alfabetizar esse aluno? Quais seriam os métodos se possível usa com este aluno? Gostaria de obter ajuda nesta situação.
Agradeço pela atenção,
Vera

Leilane Caetano
Leilane Caetano
6 anos atrás

Boa tarde, gostaria de saber o nome do autor deste artigo, pois citei um trecho do mesmo no meu trabalho de conclusao de curso, e preciso do nome e a data, por favor.

desde já agradeço,

Leilane

Débora
Débora
6 anos atrás

Sou Pedagoga e me deparei com um adolescente cursando o 8º ano do ensino fundamental com Sindrome de Down e estou perdida. Não sei como ajudá-lo pois percebi uma total falta de investimento educacional desde seus primeiros anos de vida, infância , enfim… o que fazer com esse adolescente na escola ??

Leilane Caetano
Leilane Caetano
6 anos atrás

Olá, boa tarde, sou estudante do curso de pedagogia e estou realizando o TCC, estou abordando a Alfabetização e Letramento da Criança com Síndrome de Down, gostaria de receber materiais sobre o Assunto se possível.

Desde já Agradeço.

jaqueline pereira da silva
jaqueline pereira da silva
9 anos atrás

AMEI A MATÉRIA , ESTOU PENSANDO EM CRIAR UM GRUPO OU ALGO PARECIDO PARA CONSEGUIR AJUDAR OUTRAS PESSOAS ,E ME AJUDAR POIS TENHO EM CASA UMA MENINA LINDA COM 20 ANOS QUE DEUS NOS DEU DE PRESENTE ,POIS E ASSIM QUE VEJO ,SUA MÃE FALECEU E POR VEZES NÃO SEI COMO AGIR, E GOSTARIA DE AJUDA …DÊS DE JÁ OBRIGADA .
EU TENHO 40 ANOS ,SOU TEC DE ENFERMAGEM NO MOMENTO ESTOU ENCOSTADA POIS DESCOBRI QUE ESTOU COM CANCCER ,E MEU TEMPO TEM SIDO O VILÃO DE MEUS DIAS ,SINTO ME TRISTE POR NÃO TER O QUE FAZER ,MAS SEI QUE TENHO MUITO A CONQUISTAR PODENDO ME APERFEIÇOAR, E QUERO COMEÇAR DENTRO DE CASA.,
PRECISO DE AJUDA ,SOU EU :JAQUELINE E SUA IRMÃ (LUANA) E ELA CHAMA-SE ANDREZA..

Josie Amorim
Josie Amorim
10 anos atrás

Gostei do texto! Muito objetivo.

cintia costa
cintia costa
Reply to  Josie Amorim
9 anos atrás

Oi Jaqueline, meu nome é Cintia, sou pedagoga e também quero aprender a ensinar crianças com Down. Vou trabalhar como voluntária na APAE nas férias para aprender a ajudar. Antes disto vou ler mais sobre as síndromes para já ter a teoria. Acho muito bom você se interessar em ajudar esta moça, vai fazer bem para sua recuperação, que espero que seja breve, pois devemos ajudar uns aos outros sempre, só pelo amor ao próximo vale a vida, como nos mostrou Jesus. A idéia do grupo de ajuda é ótima, informe-se na APAE como você pode entrar em contato com pessoas que conheçam a síndrome. Que Deus te ilumine na sua jornada nesta missão grandiosa, Beijão pra todas, Cintia.

Edlaine
Edlaine
Reply to  cintia costa
9 anos atrás

Oi, boa tarde! Sou estudante de pedagogia, estou no 7° período e estou me preparando para o TCC. Vou falar sobre a síndrome de Dawn. Será que vc pode me ajudar, enviando matérial que vc venha a ter sobre o assunto? Desde já, agradeço muitíssimo.

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