Manifestação vira game

Por quanto tempo você consegue fazer com que uma professora exerça seu direito de manifestação até que policiais a atinjam com balas de borracha ou cachorros a mordam?! Este é o desafio proposto pelo game  Rixa, o jogo.

O produto foi criado pelo estudante Jonathan Soares, de 18 anos, de publicidade de Londrina, no norte do Paraná. A ideia surgiu como forma de protestar contra a ação policial do dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba, que terminou com mais de 200 feridos, sendo a maioria professores.

No game, o jogador é uma professora em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O objetivo é conseguir manifestar sem tomar bala da polícia ou mordida de cachorro. Em pouco mais de dois dias no ar, o jogo já teve mais de 40 mil acessos. A quantidade de pessoas jogando chegou a deixar o game fora do ar.

“Sabia que depois de uma, duas semanas do fato, o silêncio provavelmente voltaria, as pessoas deixariam de comentar o assunto. Quis, com o jogo, dar um fôlego a mais. Acabei o jogo no domingo, dia 3, e, na segunda, dia 4, já lancei, antes que o assunto esfriasse mais”, contou Soares, em entrevista ao portal G1. Sobre o nome do jogo, que tem semelhança com o do governador Beto Richa (PSDB), Soares lembra que “rixa significa discórdia, briga, rivalidade”. “Escolhi para galera comentar mesmo”, afirma.

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