Por Marcus Tavares
O apagão da última terça-feira pegou muita gente de surpresa. Afinal, o blecaute foi monumental. Estados brasileiros sem energia de uma hora para outra. Além do inesperado, o susto. Por cerca de cinco horas, cariocas ficaram sem luz. E, entre outras coisas, isto quer dizer: sem a possibilidade de estar conectado às tecnologias. Talvez, muitos tenham sido salvos pelos celulares, ainda com carga, e pelo velho e conhecido radinho de pilha. Parece que é nestas horas que o ser humano tem mais consciência do quanto ele é dependente dos artefatos eletrônicos e digitais.
E se o apagão durasse mais horas? Um mês, um ano, a vida toda? Já pensou?
Há muito tempo a sétima arte vem narrando em ficção a suposta realidade. Filmes catastróficos e proféticos – que incluem o fim do mundo – sempre nos aterrorizam. Nesta sexta-feira, dia 13, inclusive, estreou o filme 2012. Inspirado em uma previsão do calendário da civilização pré-colombiana Maia de que o mundo acaba no dia 21 de dezembro de 2012, o longa mostra como planeta será destruído por uma série de catástrofes naturais. O calendário Maia inquieta bastante, pois a data coincide com as profecias de Nostradamus. Haja fôlego!
Mas para quem gosta mesmo destas ficções, aqui vai uma dica da revistapontocom. Trata-se da série de TV e web Afterworld, que narra a vida na Terra depois que eventos inexplicáveis impedem o funcionamento de toda e qualquer tecnologia e provoca o desaparecimento de 99% da população. Há apenas um sobrevivente: o publicitário Russell Shoemaker.
Afterworld é, na verdade, uma série multiplataforma de ficção interativa, de 130 episódios, que mistura vídeo game, graphic novel e animé, produzida pelo canal de TV AXN. Os primeiros episódios foram transmitidos no ano passado pela televisão. A sequencia continuava na internet.
Essa matéria é de fato para ser discutida, pois a falta de investimentos no setor energético, não é de agora. Anos atrás, fato similar aconteceu, e como agora, havia sido colocado a preocupação do governo, neste setor. Se houve algum avanço em questões de usinas hidrelétricas e nucleares, foi tão inexpressivo, que não chegou a gerar “frisson” em nenhum setor. Se hoje, ficássemos sem energia, teríamos que retroceder em vários aspectos; o que seria muito difícil, para quem já nasceu convivendo com esse tipo de conforto; que dá celeridade no dia a dia. O que devemos cobrar de nossos governantes, é investimento nesta área. Pagamos bem caro pela energia que consumimos; sendo esta economia, a primeira medida que se toma para conter as despesas dentro de um orçamento apertado. Paradoxalmente, vivemos numa era cujo setor de eletro-eletrônicos, melhora e muito nossa qualidade de vida; mas por outro lado, se formos usar, como gostaríamos, essas possibilidades de praticidade em nosso dia a dia, grande parte da população brasileira, trabalharia apenas para pagar a energia elétrica. Há de se pensar, numa maneira de reduzir os custos da energia, para que possamos pagar, kilowatts mais em conta, e não sermos onerados porque uma parte da população, se beneficia desta prestação de serviço e não paga. Como sempre, a camada intermediária da população, que quer viver segundo os princípios legais, é a mais prejudicada. Não só nas comunidades, como também nos condomínios de luxo, há furto de energia. Nas comunidades carentes ele é mais do que óbvio, dada a quantidade de fios que são puxados das instalações das redes das vias públicas. O que fazer? Mais uma vez uns pagarem pelos outros? Não é justo. Se for feita uma pesquisa, apenas de observação, é visível que todos, não importa a que camada social pertençam, tem acesso a diversos aparelhos que consomem energia. A realidade hoje, é bem outra. Enquanto nós, que queremos viver dentro da legalidade, pagamos por diversas prestações de serviço; incluindo a energia elétrica, o país utilizando-se de um falso “paternalismo”, favorece a outros casa, água, luz elétrica, TV a cabo, internet…gratuitamente, alegando serem essas pessoas necessitadas por terem um salário menor. Será que alguém já parou para pensar e fazer as contas, que muitos de nós que pagamos por tudo que consumimos, muita das vezes, nos sobram, recursos inferiores àqueles que nada pagam? Quem não paga pelo que usa, não economiza e nem contribuiu com as campanhas do governo, pois para eles tanto faz; não pagam de um jeito ou de outro! Temos que refletir sobre esses assuntos, porque enquanto assistimos a esta “farra do boi”, deveríamos pensar em dar trabalho para que cada um pague por aquilo que consome, porque desse jeito, não havendo necessidade de correr atrás de um trabalho, continuaremos tendo que conviver com a adoção de restaurantes populares, bolsas família, kits mil e outras coisas mais, que o governo beneficia alguns, criando assim , “incapacitados funcionais”.