Desde o dia 1º de março, celulares produzidos especificamente para as crianças estão proibidos de serem vendidos na Bélgica. Tratam-se de telefones móveis personalizados para crianças menores de sete anos de idade. A medida do governo também estabelece o fim de qualquer tipo de publicidade que incentive o uso do telefone celular entre as crianças e obriga os fabricantes de aparelhos celulares a informar, na hora da venda do produto, a chamada taxa de absorção específica (SAR), unidade de medição do nível de energia RF (ondas de rádio) absorvida pelo corpo humano no momento do uso do celular.
A decisão foi tomada em razão dos estudos da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). De acordo com o instituto, o uso intensivo do celular pode levar a um aumento do risco de câncer no cérebro. A IARC classificou as ondas de rádio como “possivelmente cancerígeno”. O governo informou que tais medidas estão sendo tomadas até que conclusões científicas mais claras sejam divulgadas. A intenção é sensibilizar os usuários de telefonia móvel. Levantamento da IARC indica que as crianças absorvem mais radiação do telefone celular do que os adultos, quase o dobro no cérebro.
Segundo Silvia Düssel Schiros, co-fundadora do Movimento Infância Livre do Consumismo, a preocupação com o uso de celulares pelas crianças vem crescendo cada vez mais. Na França e Israel, os pais são orientados a não permitirem que seus filhos usem celulares. A França, inclusive, baniu propagandas de celulares voltadas para o público infantil (até 12 anos) e, em 2009, começou a estudar a definição de novos limites para a radiação emitida pelos aparelhos, proibindo a venda de celulares sem fones de ouvido. Em Toronto, no Canadá, as autoridades de saúde orientam que as crianças, com menos de oito anos, só usem celulares em caso de emergência, e que os adolescentes limitem as chamadas a no máximo dez minutos.
“Enquanto isso, no Brasil, o celular é a onda. Toda criança quer um. E muitos pais, sem saber dos riscos, fazem a vontade dos filhos. Embora os estudos não sejam conclusivos, cada vez mais médicos recomendam, no mínimo, muita parcimônia com relação ao uso de celulares. Na dúvida, pergunte-se: meu filho precisa *mesmo* falar ao celular?”, indaga Silvia.
É preciso destacar que as crianças usam os celulares mais para jogar do que propriamente para falar nele.
Sou contra também a esse uso abusivo de celulares por crianças.
Mas é preciso saber se o risco da radiação ocorre somente quando o telefone realiza chamadas ou não. O texto não deixa claro.
Abs
Kelly