Por Marcus Tavares
A personagem principal, Boneca de Lata, mora no Planeta dos Brinquedos de Sucata, e enfrenta os mesmos desafios da Terra: as mudanças climáticas e a importância de conscientizar todos sobre a preservação do meio ambiente. Professora há 30 anos da rede municipal de ensino da Prefeitura do Rio, Silvana Huguenin também é escritora. Autora dos livros A boneca de Lata e Boneca e boneco de lata em conhecer a natureza, Silvana vem trabalhando no programa Esse Rio é Meu no Espaço de Desenvolvimento Infantil Beatriz Vicência Bandeira Ryff, localizado no Rio Comprido. No dia a dia, suas aulas misturam literatura, narrativa e aprendizagem.
O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade. O EDI Beatriz Vicência Bandeira Ryff vem trabalhando com o Rio Comprido.
“Há anos trabalho com as crianças a questão da preservação da natureza. Foi exatamente isso que me levou a escrever os dois livros. Quando o Esse Rio é Meu chegou neste ano no EDI, resolvi conciliar a literatura, os personagens com o projeto. E vem dando super certo. Os personagens encantam as crianças e se tornaram uma espécie de mascote do programa em nossa unidade. Brinco com as crianças que a boneca vem num foguete de lata para recolher e reciclar os materiais que não são descartados de forma correta”, destaca Silvana, professora articuladora e de literatura.
E o que acontece? As crianças do berçário, da pré-escola e do maternal aprendem brincando a importância da reciclagem e da preservação. Já produziram um grande mural na escola, multiplicando o que vêm aprendendo. Também criaram vários brinquedos com sucata e escreveram bilhetinhos para os responsáveis sobre o tema. E plantaram algumas flores na escola. “Há todo um trabalho que envolve professores e equipes de todos os segmentos da unidade”, explica Silvana.
“Boa parte das crianças mora no Morro de São Carlos. É um trabalho de formiguinha e que vem sendo realizado com muito carinho e histórias. Aos poucos, percebemos que o que se fala na sala de aula chega na casa das crianças. Estamos criando novas histórias, novas narrativas sobre o uso e a preservação dos rios, o que é fantástico”, comemora.
