Revista do Planeta – Antes de iniciar o curso, você já havia ouvido falar em mídia-educação? O que pensava sobre o tema? O que mudou?
Fabiana de Souza – Sim, já tinha conhecimento do tema, mas não havia tido oportunidade de trabalhar com ele. Pensava que apenas enriqueceria minha prática educativa, mas mudou tudo, e transformou um sonho em realidade! Hoje, por exemplo, estou montando uma rádio na escola!
RP – O curso ajudou, de alguma forma, a mudar sua própria percepção sobre os meios de comunicação?
Fabiana – O curso “Por Dentro dos Meios” me fez perceber que as mídias no cotidiano do educando se tornaram um instrumento que a escola não pode desconsiderar, pois são meios atraentes que cativam os alunos, tornando o aprendizado prazeroso.
RP – O curso influenciou sua vida também fora da escola? Como?
Fabiana – Tudo que faço influencia minha vida em todos os sentidos. Pedi orientação para a montagem da rádio na escola para amigos e até mesmo para meu marido, que me ajudou muito, dando suporte técnico.
RP – Como você espera utilizar o que está aprendendo no curso?
Fabiana – Já estou utilizando o aprendizado no Projeto da Rádio Escola. A Rádio Jovens do Abel ainda se encontra em construção, mas logo, logo estará no ar!
RP – O que você acha da situação das escolas públicas brasileiras em relação ao processo de conhecimento sobre mídia-educação? Você acha que o tema deveria ser abordado como política pública nas nossas escolas?
Fabiana – Percebo que não há tanto incentivo ao trabalho de mídia-educação nas escolas públicas. Ainda há muitos educadores que desconsideram o conhecimento não-sistematizado, adquirido pelo contato com as mídias (rádio, televisão, Internet) e se impõem como autoridade, o que impede a comunicação. É indispensável que as escolas repensem o trabalho com a mídia-educação.
RP – Como é a escola dos seus sonhos?
Fabiana – A escola dos meus sonhos é uma instituição que possibilita ao educando o acesso aos meios de comunicação e que utiliza maneiras mais criativas de interação com as linguagens das mídias no seu contexto, integrando a cultura tecnológica no espaço educativo e desenvolvendo nos alunos habilidades para utilizar os instrumentos dessa cultura. Deixando, assim, de ser somente ‘conteudista’ e trabalhando outras linguagens.