Um livro de colorir está provocando a revolta da comunidade muçulmana nos Estados Unidos, a poucos dias da celebração de dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. Chamada de We Shall Never Forget: The Kids’ Book of Freedom (“Não devemos esquecer: o livro infantil da liberdade”, em tradução livre), a obra traz desenhos dos ataques terroristas e da caça ao mentor dos ataques, Osama bin Laden, além de mostrar os muçulmanos como vilões para as crianças americanas. S
Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, o livro, que foi lançado como “uma ferramenta para os pais ensinarem sobre os acontecimentos envolvendo o 11 de Setembro”, já esgotou sua primeira edição de 10 mil cópias. As imagens de homens barbudos sequestrando aviões e vestindo turbantes revoltaram a comunidade muçulmana nos EUA, que classificou o livro como “nojento”.
Em entrevista à rede de TV CNN, o diretor de comunicações do Conselho de Relações Islâmico-Americanas, Ibrahim Cooper, disse que o livro “demoniza o Islã”, leva as crianças a acreditarem que os muçulmanos são seus inimigos e pode provocar o ódio religioso. De fato, o livro (que só está à venda na internet) começa com um desenho de Bin Laden planejando os ataques, e termina com o terrorista se escondendo atrás de uma mulher quando é encontrado por militares americanos no Paquistão.
O texto que acompanha a imagem diz que “esses atos terroristas [do 11 de Setembro] foram realizados por extremistas islâmicos que odeiam a liberdade. Esses loucos odeiam o estilo de vida americano porque nós somos livres”. O autor da publicação, Wayne Bell, já foi a alguns programas da televisão americana para se defender. Ele afirma que a obra não mostra os muçulmanos de maneira negativa – e que “quem deveria ser chamado de nojento são os 19 terroristas [do 11 de Setembro] e Osama bin Laden”.
Em entrevista ao jornal americano The Star, Bell disse que o livro trata de uma “história puramente factual”. De acordo com ele, a leitura é indicada para crianças acima de 10 anos de idade “e deve ser supervisionada por um adulto”. Para Bell, o livro inclusive não é pior do que os telejornais americanos. “Nós não mostramos ossos quebrados, feridos ou explosões nem nada assim. Se você prestar atenção aos noticiários e às imagens que eles mostram, [o livro] não é nada perto disso”, afirma.
No entanto, segundo Cooper, o livro tenta estereotipar os muçulmanos. “Os EUA estão cheios de indivíduos e grupos de indivíduos que tentam demonizar o Islã e marginalizar os muçulmanos, e isso é só um fato da era pós 11 de Setembro. Tenho esperança de que os pais dessas crianças possam reconhecer a agenda por trás desse livro e não expor seus filhos à intolerância ou ao ódio religioso”. Após esgotar suas primeiras 10 mil cópias apenas pela internet, a editora Really Big Colouring Books se prepara para lançar uma segunda leva já na semana que vem. Segundo a editora, parte da renda do livro será revertida para a ONG Bridges for Peace (Pontes para a paz, em tradução livre) – uma entidade judaico-cristã em Jerusalém.
Fonte – Folha de S. Paulo, R7 e agências de notícias
Não tem jeito, uma sociedade doente como a estadunidense, não conseguiu aprender o q deveria ter aprendido com tais ataques, q ódio e violência gera mais ódio e violência.
Coisas deste tipo, assim como as atrocidades cometidas no Iraque e Afeganistão um dia voltarão contra eles e o 11 de set nada mais é do q o efeito colateral do passado.
Os americanos não deviam produzir um livro para crianças ridicularizando os muçulmanos, porque as crianças americanas são o futuro daquele país. Então no futuro os cidadãos americanos vão acabar odiando os muçulmanos de maneira inexplicável. Assim como gentileza gera gentileza, o contrario também acontece, então se de um lado houver o ódio, do outro também. Desse jeito poderá acontecer outro atentado ainda pior, podendo causar uma guerra entre esses países.
Inacreditável tamanho ódio, não resulta em nada benéfico aos americanos, porque ódio gera ódio e daí por diante ;Os islâmicos sofrem com isto pois em tudo tem o positivo e o negativo, imaginem o que seria da política se não existissem os bons, na polícia ,na educação, na saúde, etc,não se pode igualar todos de determinada religião, partido político, setor militar, educação, seja qual for o profissional, portanto chamar todos os muçulmanos de terroristas é errar em demasia e em todos os sentidos .