Alunos do curso de Roteiro, do Núcleo Avançado em Educação, do Colégio Estadual José Leite Lopes, acabam de estrear na web o seu site de notícias: o NAVE JOVEM (www.navejovem.com.br). O projeto está bem no início, mas já vem conquistando cada vez mais estudantes. Na estreia, eles entrevistaram o jornalista, apresentador e professor da PUC-Rio André Trigueiro. O bate papo informal trouxe à tona reflexões interessantes.
Confira duas matérias que os alunos produziram:
A fera do meio ambiente ataca por todos os lados
Em entrevista exclusiva ao NAVE JOVEM, André Trigueiro fala sobre os mais diversos assuntos.
Não esquecendo, é claro, de abordar temas sobre o meio ambiente.
Atendendo ao pedido da coordenação do curso de roteiro do CEJLL, no dia 20 de maio, o professor e jornalista ambiental, André Trigueiro, concedeu aos alunos do NAVE uma entrevista. Essa, que aconteceu na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica), será a 1° edição do site NAVE JOVEM.
Durante a entrevista, foram abordados os mais diversos assuntos, desde política à moda. Um exemplo disso foi o bate-papo sobre o projeto Ficha Limpa, a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos etc. E sobrou até para os eco designers das caixinhas de pasta de dente, que após abertas, adivinhem só qual o destino? É isso mesmo, as coitadas das caixinhas vão para o lixo.
Outra abordagem referente ao meio ambiente foi a sustentabilidade, a reciclagem e o consumo consciente. Segundo André Trigueiro, reciclagem não se improvisa, para isso, usa-se toda uma logística. E falando em reciclagem quem conhece a regra dos 3Rs? Traduzindo, a sigla consiste em reduzir, reutilizar e reciclar. Acrescentaríamos ainda o “faça a sua parte”.
Entrou também no bate-papo, o tradicional tema sobre lixo. Mais especificamente, sobre o seu tratamento adequado, que é a coleta, o transporte e sua disposição final.
No consumo consciente, André Trigueiro fez referência à campanha “saco é um saco”, na qual o governo alerta sobre o uso excessivo das sacolas plásticas de supermercado, incentivando a utilização das ecológicas.
E já que estamos falando de recomendações, que tal seguirmos a orientação da nossa fera ambiental, e transformar as despesas em receita. Como primeiro passo, pense nas seguintes reflexões: Como podemos apoiar as cooperativas de catadores? Como podemos fomentar a educação ambiental?
Leia também
André Trigueiro fala sobre as obras em estádios brasileiros para Copa do Mundo e Olimpíadas
Craque do Jornalismo ambiental mostra que sabe tudo e mais um pouco sobre como a política pode influenciar no esporte no Brasil.
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estão vindo aí. Está mais do que na hora de começar as construções e reformas dos estádios em todo o Brasil, em especial no Rio de Janeiro.
Porém, segundo as últimas notícias que temos visto por aí sobre esse assunto, o Brasil está muito atrasado e já deveria ter começado as reformas. O Maracanã começou as obras em março, mas só será totalmente fechado em agosto, com previsão de estar pronto em dezembro de 2012. Inicialmente, ele iria ser fechado em janeiro deste ano, mas por conta do Campeonato Carioca e da participação do Flamengo na Libertadores, a data foi adiada. Depois, adiaram novamente, desta vez, para que o Flamengo e o Fluminense pudessem jogar as primeiras rodadas do Brasileirão. E já há jogadores do Fluminense pedindo para que o estádio seja fechado somente no final do ano.
Recentemente, o Morumbi foi vetado pela FIFA. Um novo estádio deverá ser construído em São Paulo para a abertura da Copa. Esses atrasos mancham a imagem do Brasil, fazendo com que quem é de fora questione se nosso país poderá mesmo ser sede de Copa do Mundo e das Olimpíadas, além de preocupar o presidente da FIFA, Joseph Blatter. Mas quem deve começar a agir são os políticos: prefeitos, ministros, secretários de esportes.
Temos que começar a melhorar a infra-estrutura. Estádios, aeroportos etc. Na entrevista exclusiva ao NAVE JOVEM, André Trigueiro, jornalista e apresentador do canal GloboNews, falou sobre o assunto, quando respondia sobre uma pergunta de como o “Ficha Limpa” poderia influenciar na realização desses eventos.
Confira o que esse cara, que é especializado em meio ambiente e política, disse:
“O que está acontecendo em função de Copa do Mundo e Olimpíadas? Uma demanda enorme de obras, mega projetos, investimentos caros e, no Brasil, historicamente isso não é bom. Quanto mais caro o projeto mais difícil fica você vistoriar a aplicação correta desses recursos. E existem setores da política que se beneficiam disso desviando verbas ou justificando a não licitação para obras em aeroportos. Quando você ler ou ouvir qualquer notícia que diga: “Governo abre mão de licitação para fazer obras” tem uma porta aberta aí pra corrupção. O que é licitação? É a regra, é um edital. Haverá concorrência. Certos grupos vão disputar o projeto, porque quem ganha leva dinheiro, e tem que levar, pra executar o projeto. E quando se abre mão de licitação, significa que quem está pagando somos nós. Mas tem alguém que foi escalado pra escolher no mercado a empreiteira que vai construir o estádio, a outra que vai reformar o aeroporto. A sociedade não sabe que critérios justificaram a escolha desta ou daquela empreiteira. Portanto, quando você tem uma capacidade de impedir o acesso a cargos públicos de pessoas envolvidas com irregularidades, quanto mais severa for essa legislação, mais garantias há de que Copa do Mundo e Olimpíadas, que demandam um mega projeto, que você tenha mais gente, em tese, menos suscetível a desvios de conduta. Então, do jeito que o “Ficha Limpa” tá, tá melhor do que tava, mas não é o que a sociedade pediu no texto original. Portanto, eu acho que a gente, não pelo “Ficha Limpa” em si, mas pelo histórico de mega projetos no Brasil, que a gente está com pressa, que é outro ingrediente chato. Tudo com pressa é ruim. E mega projeto muito caro com pressa você abre a porta do galinheiro pra raposa. Isso não é bom. Agora a sociedade civil brasileira tá muito mais atenta a isso. É forçoso reconhecer. Os corruptos estão muito mais constrangidos e inibidos a arregaçar as “manguinhas” pra vir com tanta “sede ao pote”, então, faz parte. Isso não é só no Brasil. A corrupção não é só aqui no Brasil. Agora, o Brasil é a bola da vez com Copa do Mundo e Olimpíadas, a gente tem que estar mais ligado”.
Na entrevista, André mostra, com todo seu conhecimento em política, como tudo está entrelaçado e que os grandes fãs de esporte precisam estar ligados também em assuntos políticos, pois, só tendo gente decente no Congresso, poderemos ter tanto Copa do Mundo quanto Jogos Olímpicos dos quais poderemos nos orgulhar de contar que assistimos, vivenciamos e fizemos parte.
Abre o olho galera, vamos votar com consciência e colheremos bons frutos futuramente, tanto no esporte quanto na vida em geral.