Por Marcus Tavares
Jornalista, professor, editor da revistapontocom
O uso dos celulares na sala de aula por parte dos estudantes sempre foi motivo de discussão para alguns professores, do Ensino Fundamental ao Superior. Com ou sem acesso à internet, o aparelho com seus diferentes gadgets e aplicativos, ao longo dos anos, foi se multiplicando no dia a dia de qualquer contexto escolar, atraindo a atenção e o foco dos alunos, deixando muitas vezes os professores incomodados. Afinal, o processo de constituição de conhecimentos e valores prescinde, dentre outros fatores, exatamente de foco e atenção. É fato que muitos docentes passaram a incorporar as possibilidades do uso do aparelho nas suas práticas pedagógicas, o que rendeu ótimos resultados. No entanto, essa interação era casual e o uso do celular gerava, sim, um certo desconforto.
E aí veio a pandemia. E com ela os encontros remotos, a potencialização do uso de plataformas digitais, os softwares facilitadores de aulas híbridas e o incentivo e uso de diferentes meios digitais. O WhatsApp, por exemplo, que aqui no Brasil já reúne mais de 100 milhões de usuários, passou a ser amplamente utilizado. Na perspectiva de um ambiente virtual de aprendizagem, professores disponibilizaram, via aplicativo, conteúdos em áudio e vídeo, como podcasts, videoaulas, bem como promoveram reflexões e discussões em diferentes grupos.
Ao voltarmos para o ambiente presencial da escola, a relação tecnologia e estudante na sala de aula terá que ser revista. As mídias digitais, o que inclui os smartfones, já se incorporaram à rotina acadêmica virtual, remota ou híbrida dos alunos. Foram quase dois anos de novos desafios, oportunidades e práticas que não voltarão atrás. E pode ter certeza, a incorporação dos celulares na dinâmica do ensino aprendizagem é uma delas.
Você concorda?