Comida para 10 bilhões de seres humanos

Nova mostra do Museu do Amanhã propõe reflexão sobre futuro da humanidade

“Pratodomundo – Comida para 10 bilhões” é a nova exposição temporária do Museu do Amanhã. Até o dia 15 de outubro, o público pode conferir o desafio de alimentar, na década de 2050, uma população de 10 bilhões de pessoas com qualidade nutricional, diversidade de produção e sustentabilidade.

No entanto, enquanto grande parte da população mundial passa fome, outra parte enfrenta problemas decorrentes da obesidade.

A mostra, dividida em cinco partes, é composta por painéis, videomappings, telas de LED, backlight e cenografia.

Dentre as atrações alguns dos destaques são a “Geladeira Sincerona” que analisa o valor nutricional dos alimentos e o jogo “CSI: Comida Sob Investigação” que consegue verificar se foram usados agrotóxicos ou outras substâncias nocivas à saúde no produto.

Pratodomundo é para todo mundo mesmo! A exposição é apresentada em português, inglês e espanhol, além de tradução para Libras. Tem piso tátil, placas em braile e iluminação com alto contraste para auxiliar o público com baixa visão.

O Museu do Amanhã é um museu de ciências aplicadas que explora as oportunidades e os desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. Além disso, o Museu realiza inúmeras atuações educativas. Pensando nisso, a resvistapontocom conversou com Laura Taves, Gerente de Desenvolvimento de Público e Educação do Museu do Amanhã, para entender melhor a participação do museu na vida de tantos jovens e adolescentes.

Confira!

revistapontocom: Como funciona a atuação educativa do Museu do Amanhã?

Laura Taves: A área de Educação do Museu do Amanhã desenvolve suas programações a partir do público, seja ele o público da vizinhança, o público que já frequenta o museu, como grupos escolares, e ainda quem não visitou o museu.
Dessa forma, a partir da experiência desses 3 anos, da coleta de dados, pesquisas e vivência com a vizinhança, traçamos os nossos programas.
Nosso formato base do programa de Educação, em linhas gerais é:

– Programa de Visitação, que engloba visitas pré-agendadas, visitas espontâneas, visitas sensoriais – voltadas para o público com deficiência; e visitas temáticas, que associam a exposição principal do museu focando em algum tema específico.

– Programa de Formação para a equipe de Educação, e também para os colaboradores do museu, de todas as áreas.

– Programas de Conexão, alguns exemplos são: Entre Museus – um programa em parceria com todas as escolas locais da região portuária, levando os estudantes para conhecerem o Museu do Amanhã e outros 21 museus da cidade, conhecendo a cidade que há entre os museus; Geografias do Acesso – um programa que visa abrir espaços de conversa sobre o modelo social da deficiência e a ocupação da pessoa com deficiência na cidade. Trata-se de elaborar outras possíveis geografias do acesso e formas de experienciar arte e ciência; Tecendo Amanhã – um programa que convida o visitante a conhecer outras narrativas da cidade conectadas aos eixos norteadores do Museu; Inspira Ciência – um projeto de formação e desenvolvimento de novas metodologias de ensino para professores de ciência.

revistapontocom: Qual é a importância dessa atuação na vida de jovens e adolescentes?

Laura Taves: Alguns depoimentos a partir do projeto Entre Museus:

Érick da Costa Rodrigues, 17 anos, 8º Ano.
Ana Júlia Radael Tavares Dantas, 14 anos.
Anna Júlia da Silva Tamandaré, 15 anos.
Miguel Akiles Cândido, 13 anos, 8º ano.
William Rocha, 15 anos, Jovem Aprendiz do Museu do Amanhã.

revistapontocom: Em comemoração ao Dia Mundial da Água, o Museu convidou 20 jovens para conhecer a nascente do rio Carioca. Como que foi a experiência? 

Laura Taves: O intuito era mesmo mostrar o rio responsável pelo nosso gentílico e engajar pequenos cidadãos a fim de que a experiência, ou a percepção sobre ela, se multiplicasse. Apesar de ser um dos lugares mais famosos do mundo, é muito difícil que um carioca tenha acesso àquele ponto da cidade. Ir até as paineiras, por si só, já seria uma experiência enriquecedora, do ponto de vista de ter a cidade como repertório.

A recepção no centro de atendimento aos visitantes por parte de seus guias e a conversa com Silvana Gontijo foi muito relevante, principalmente no que diz respeito à visão do rio correndo limpo tão próximo de seu nascedouro.

Moramos numa região metropolitana atravessada por dezenas de rios, canais, córregos, superficiais e submersos. Porém, desconhecemos a natureza desses rios exatamente por não reconhecê-los como tal.

O primeiro passo para o cuidado com o meio ambiente natural é apresentá-los e cremos que alguns passos foram dados nessa direção na manhã do dia Mundial da Água.

Serviço
“Pra todo mundo – Comida para 10 bilhões”
Dia e Hora: Terça a Domingo, das 10h às 18h *com a última entrada às 17h
Local: Praça Mauá, 1 – Centro – Rio de Janeiro

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