Por mais de uma década o acordo de coprodução cinematográfica entre Brasil e China vinha sendo negociado pelo Ministério da Cultura, através da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Mas foi no inicio deste mês, que finalmente um dos maiores mercados do mundo se abriu para o cinema brasileiro. O objetivo do acordo bilateral, assinado pelos dois países, é impulsionar o setor cinematográfico.
Na prática como isso irá funcionar? Na vigência do acordo, as coproduções realizadas por empresas do Brasil e da China vão possuir tratamento nacional em ambos os territórios. Os filmes realizados em conjunto terão acesso aos mecanismos públicos de financiamento disponíveis nos dois países, como o Fundo Setorial do Audiovisual, no Brasil. Além disso, serão considerados produtos nacionais nos respectivos mercados e também será possível a participação de produtores de países com os quais Brasil ou China tenham firmado acordo de coprodução.
“Espero que haja num futuro próximo um grande número de coproduções envolvendo produtoras brasileiras e chinesas. Será um grande estímulo ao crescimento do setor audiovisual do Brasil, que hoje já responde por cerca de 0,46% do PIB e apresenta um vasto potencial de expansão e de contribuição para o desenvolvimento do país.”, afirmou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
O MinC acredita que o acordo vai contribuir para uma efetiva cooperação entre os setores produtivos dos dois países, em sintonia com a proposta de estimular a circulação das obras brasileiras no mercado internacional e de promover a realização de coproduções internacionais envolvendo criadores e produtores brasileiros.