Pela primeira vez, a utilização de celulares por alunos em atividades escolares foi investigada pela pesquisa TIC Educação 2016, divulgada no dia 3 de agosto, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O uso desse tipo de dispositivo em atividades escolares foi citado por 52% dos alunos de escolas com turmas de 5º ano, 9º ano, do Ensino Fundamental, e/ou 2º ano, do Ensino Médio, localizadas em áreas urbanas. Esse percentual atingiu 74% entre os estudantes do Ensino Médio.
Por outro lado, 91% dos professores utilizaram a Internet pelo telefone celular para uso pessoal (no primeiro ano do levantamento, em 2011, esse número era de apenas 15%). Além disso, 49% dos professores usuários de Internet declararam utilizar o celular em atividades com os alunos, um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior (39%).
Apesar do avanço no uso do celular enquanto ferramenta pedagógica, apenas 31% dos estudantes afirmaram utilizar a Internet pelo telefone celular na escola, sendo 30% entre os alunos de escolas públicas e 36% nas instituições privadas. As restrições ao acesso de estudantes à rede WiFi da escola estão entre os aspectos que explicam a baixa utilização do equipamento no ambiente escolar: enquanto 92% das escolas possuíam rede WiFi, 61% dos diretores afirmaram que o uso dessa conexão não é permitido aos alunos.
Segundo a pesquisa, 40% dos docentes de escolas públicas usuários de Internet afirmam utilizar o computador em sala de aula para atividades com os alunos, sendo que somente 26% dizem que se conectam a Internet quando realizam essas atividades. Em escolas particulares, esses percentuais são de 58% e 54%, respectivamente. “Apesar dos avanços registrados na conexão à Internet que chega às escolas, ainda existem muitos espaços educativos em que não há acesso ou esse acesso é limitado. É fundamental, portanto, a ampliação do uso da Internet nos espaços pedagógicos mais utilizados por professores e alunos, como as salas de aula, bibliotecas e salas de estudo”, ressalta Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Percepção dos professores
A pesquisa TIC Educação 2016 também traz indicadores sobre a percepção de professores, coordenadores pedagógicos e diretores sobre o uso das tecnologias nas práticas pedagógicas. “Essas percepções contribuem para subsidiar ações ainda necessárias para o aprimoramento deste uso no processo de ensino e aprendizagem”, explica Barbosa.
Para 94% dos professores, o uso das TIC permitiu acesso a materiais didáticos mais diversificados ou de melhor qualidade. Além disso, grande parte dos docentes concordaram que a adoção de novos métodos de ensino (85%) e o cumprimento de tarefas administrativas com maior facilidade (82%) é um resultado do uso das TIC.
Segundo diretores (36%) e coordenadores pedagógicos (35%) de escolas particulares, o desenvolvimento de novas práticas de ensino baseadas no uso de computador e Internet é a ação prioritária para a integração das TIC na escola. Nas escolas públicas, o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas também é relevante, mas aparecem com maior destaque as ações na área da infraestrutura. Para 32% dos diretores e 22% dos coordenadores pedagógicos o aumento do número de computadores por aluno deve ser a ação prioritária.
Em sua 7ª edição consecutiva, a pesquisa TIC Educação 2016 foi realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2016 e contemplou 1.106 escolas públicas e privadas, com turmas do 5º ou 9º ano do Ensino Fundamental e/ou 2º ano do Ensino Médio localizadas em áreas urbanas. A pesquisa entrevistou 935 diretores, 922 coordenadores pedagógicos, 1.854 professores de Língua Portuguesa e Matemática ou multidisciplinares e 11.069 alunos de 5º e 9° ano do Ensino Fundamental e 2° ano do Ensino Médio. Realizado anualmente desde 2010, o levantamento tem como objetivo investigar o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas e privadas brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, localizadas em áreas urbanas.
Sou completamente contra, a utilização de smartphones por estudantes, professores e funcionários das escolas, durante o horário de aulas e de trabalho.
Assim como sou contra a utilização dos mesmos durante horário de trabalho, salvo se o trabalho envolver atos que dependam dos smartphones, como por exemplo motoristas de automóveis de aluguel, tipo UBER.
Os smartphones devem ser utilizados depois das aulas, e do horário de tralho.
São ferramentas fabulosas, para ser utilizadas no momento e horário adequados, senão vira bagunça!
E o dinheiro público não é para pagar WIFI para acesso a alunos, professores e funcionários, a não ser para atividades de trabalho.
Vamos moralizar este país!