Encontro discute a interface entre o cinema e escola

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Reduzir o cinema a um simples recurso didático é limitar a potencialidade da sétima arte, uma linguagem que funciona como um valioso caleidoscópio de sensações, percepções e vivências do mundo.
Esta é a linha de pensamento do Projeto de Pesquisa e Extensão Cinema para Aprender e Desaprender, ligado ao Laboratório Imaginário Social e Educação, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UFRJ.

Coordenado pela professora Adriana Fresquet, o projeto vem discutindo os usos do cinema desde 2006, promovendo cursos, atividades em escolas e um evento anual. O III Encontro Internacional de Cinema e Educação da UFRJ deste ano acontecerá de 30 de novembro a 5 de dezembro. Em debate: o cinema vai à escola e o cinema faz escola.

Ao evento deste ano soma-se o I Fórum de Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual e a II Mostra da Faculdade de Educação da UFRJ no Museu de Arte Moderna: cinema, escola e infância, que exibirá 13 produtos audiovisuais. Entre os palestrantes, estão os professores Jorge Larrosa (Universidade de Barcelona), Carlos Skilar (Flasco Buenos Aires), Marília Franco (USP), Rosália Duarte (PUC-RIO), Inês Assunção de Castro Teixeira (UFMG) e Fabián Nuñez (UFF).

O objetivo principal do projeto é promover uma maior aproximação entre professores, alunos e a linguagem cinematográfica. E, de tabela, o desejo de as escolas produzirem cinema. Em parceria com o Colégio de Aplicação da UFRJ, o programa desenvolve curtas com os alunos.

“Ainda é usual o uso do cinema apenas como recurso didático usado para favorecer um determinado conteúdo ou, pior, como uma espécie de curinga para ocupar espaços ou tempos vagos. É lamentável. Assistir à Vidas Secas, por exemplo, não pode servir simplesmente para conhecer o sertão ou a obra do escritor Graciliano Ramos, embora ambos conteúdos e muitos outros possam ser aprendidos com o filme. Não negamos esta possibilidade. Mas, queremos que os professores e alunos se permitam vivenciar a experiência estética, sensual e afetiva de se deixar afetar pelo filme, de sentir com ele, rever os valores que ele questiona, problematizar a ordem instituída e desconstruir verdades obsoletas”, destaca Adriana em entrevista ao Centro Internacional de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes.

O evento é gratuito. Há 180 vagas.

Informações e inscrições via e-mail [email protected]

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janise
janise
14 anos atrás

Olhar com olhos que buscam ver os instantes através de vários personagens, tempos, cortes e historias é um dos grandes presentes do cinema. Uma délícia que diverte, habita e emociona. O encontro deve ser muito enriquecedor ! Presente para nós professores e nossos alunos!

Eliana Lima Almeida
Eliana Lima Almeida
15 anos atrás

Cinema é algo maravilhoso ! Vejam o lançamento de “Lua Nova” , por exemplo, é a “febre teen” do momento. A possibilidade de fazer cinema na escola é uma idéia muito motivadora. No final do 2° parágrafo eu pensei ter lido :”o cinema vai à escola e a escola faz cinema”… ou o cinema faz escola? É… faz sentido também .Gostaria muito de poder participar. Vocês não tem o Folder para sabermos a programação , e escolher, caso não seja possível ir todos os dias?
Desde já obrigada.

Adriana Braga
Adriana Braga
15 anos atrás

Que matéria interessante!
Assim como a professora Adriana Fresquet, também penso na necessidade de nos permitirmos “sentir” um filme de maneira tal que ele possa nos tocar…

Maria do Carmo
Maria do Carmo
15 anos atrás

Ótimo artigo sob todos os aspectos de como aproveitar o que o cinema transmite para nós. Sabendo explorar esta arte poderemos vivenciar muitas e muitas experiências.Maravilhosa esta fala: “Reduzir o cinema a um simples recurso didático é limitar a potencialidade da sétima arte, uma linguagem que funciona como um valioso caleidoscópio de sensações, percepções e vivências do mundo.”

Parabéns CINEAD!!!
Maria do Carmo Procaci Santiago

Estevão Mabilia Meneguzzo
15 anos atrás

ótimo… muito legal… Cinead é incrivel

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