Por Marcus Tavares
Coloridos, sonoros e cheios de tecnologia. Desde que entraram no mercado brasileiro, de forma mais efetiva no início da década de 1990 com a privatização do setor de telefonia, os aparelhos de celulares tornaram-se acessórios de crianças e adolescentes. De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope, jovens de 16 a 24 anos representam aproximadamente um quarto dos usuários nas 11 maiores capitais do Brasil. No Japão, sede de várias indústrias, estudo revela que uma em cada quatro crianças tem o seu próprio aparelho.
No mundo globalizado, o celular é, para os pais, símbolo de segurança e controle. Para os filhos, veículo de comunicação e fonte de entretenimento e informação. E para a escola? Oficialmente, sinônimo de proibição. Aqui no Rio de Janeiro, tanto a Câmara dos Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro quanto a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sancionaram leis que proíbem o uso de celulares na sala de aula. A justificativa é que muitos estudantes deixam de prestar atenção na aula, prejudicando, como afirma o texto do projeto da Alerj, “sobremaneira o rendimento no processo de aprendizagem”.
A proibição do uso não impede que novas metodologias de ensino possam vir a surgir com o intuito de melhorar a própria aprendizagem dos estudantes? Mirian Machado, coordenadora sócio-pedagógica da escola audiovisual Cinema Nosso acredita que sim. Segundo ela, trata-se de uma inabilidade. “Proibir acaba sendo a forma mais fácil de lidar com o tema. O que chega a ser inclusive contraditório. Proíbe-se o uso do celular, mas o Governo do Estado do Rio estimula, por exemplo, entre os jovens e seus pais, o uso do aparelho, como via de informação sobre a matrícula e as notas dos estudantes”.
É com o objetivo de pensar com os professores as possibilidades do uso do celular na sala de aula que Mirian organizou o curso Desvendando Filmes em Celular, que será oferecido pelo Cinema Nosso. Em seis aulas, professores aprenderão a produzir vídeos via celular, mas também discutirão de que forma o aparelho pode se integrar às atividades práticas da sala de aula.
“O Cinema Nosso já vem trabalhando com o celular em alguns projetos. É o caso, por exemplo, de uma das oficinas que realizamos, já há dois anos, no Ciep Waldemar Zarro, em São Gonçalo, aqui no Rio. Trata-se de uma oficina, oferecida aos professores e alunos, que faz parte das atividades da escola, mas que não estabelece, a principio, um diálogo direto com a sala de aula. É este diálogo que queremos promover com o curso”, explica Mirian.
Segundo a professora, a utilização dos meios audiovisuais, seja a tela da TV, do celular ou do computador conectado à internet, é lenta e gradual, mas, o mais importante, possível. “À medida que a gente vai desvelando as possibilidades da mídia, a inserção vai acontecendo. E para isso é preciso conhecimento, debate, segurança no que se quer e vontade”, destaca.
As aulas do Desvendando Filmes em Celular começam no dia 11 de agosto.
O Cinema Nosso fica na Rua do Rezende, 80, Lapa. Telefone (21) 2505-3300.
Informações no site http://www.cinemanosso.org.br
Olá Flavio, primeiro parabenizo as aulas disponíveis aqui, tanto de conteúdo gratuito e premium ( me associei e to aproveitando ), tenho interesse em aprender Flash, semalmente abrir o programa, e no momento ne3o dipsonho de tempo a assistir as video aulas online, seria possedvel dipsonibiliza-las para download ?Acho que seria interessante a implementar os cursos dipsonedveis.Agradee7o a tudo ‘
Prezados senhores,
Sou professora do município e do estado do Rio de Janeiro e estou muito interessada nesse curso. Ainda que não tenha celular com câmera, utilizo essa ferramenta em sala de aula através dos meus alunos. Registramos algumas atividades de sala de aula com algumas fotos de seus celulares. Gostaria de mais informações sobre o curso: os horários, o valor do curso, etc.
Aguardo resposta e um grande abraço,
Nadiejda Cordeiro