Depois de ter conquistado o prêmio do júri popular no Festival de Curtas de Tóquio no mês passado, o filme brasileiro A Menina Espantalho, de Cássio Pereira dos Santos, acaba de ganhar dois prêmios no Uruguai. O curta participou da mostra competitiva do XVIII Festival Internacional de Cinema para Crianças e Jovens (Divercine 2009), realizado de 29 de junho a 12 de julho, em Montevideo, onde ganhou o Prêmio do Jurado Infantil (melhor curta de ficção) e o Prêmio da Oficina da Unesco.
Conferido ao filme que mais se destacou entre concorrentes da América Latina e Caribe, o prêmio da Unesco consiste em apoio financeiro para que o diretor escreva um novo projeto destinado ao público infantil. Com o apoio da organização, Cássio Pereira iniciará o processo de escrita de um longa-metragem a ser rodado no interior de Minas Gerais.
O filme premiado, de 13 minutos de duração, conta a história de Luzia, uma menina que mora no campo com seu irmão Pedro e seus pais. Quando Pedro começa a frequentar a escola, Luzia manifesta vontade de acompanhar o irmão. O pai autoritário não respeita o desejo da filha e ainda a obriga a espantar os pássaros da plantação de arroz. Mesmo vivendo essa adversidade, Luzia dá a volta por cima e aprende a ler no meio do arrozal.
O curta estreou no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em novembro de 2008, onde recebeu uma menção honrosa, prêmio de melhor roteiro e troféu da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
São raros os filmes que formulam problemas voltados às necessidades urgentes. Em geral, a maioria dos filmes prefere levantar problemas voltados aos desejos lascívios de seus autores (um problema particular), que faz questão de compartilhar com os cinéfilos. Enquanto o Brasil primar pela sacanagem nos telões, a gente sempre vai limpar o chão dos outros.
Legal esse filme e esses prêmios. Por curiosidade, existe prêmio para filme de sacanagem?